Policia

Telefonemas podem desvendar assassinato de empresário

28 ABR 2011 • POR • 05h44
Delegado João Alves de Queiróz vai ouvir hoje os familiares da vítima - Foto: Sidnei Bronka
Dourados – A Polícia Civil de Dourados já tem pistas sobre o assassinato do empresário Elzevir Padoin, de 60 anos, morto anteontem com cinco tiros. Em coletiva com jornalistas, o delegado João Alves de Queiróz disse que está no encalço de desafetos do empresário e que pistas dadas por telefonemas podem esclarecer o caso.

Segundo ele, foram três telefonemas, dando conta de supostos suspeitos. O delegado diz que já ouviu algumas pessoas e a família deverá ser intimada para comparecer hoje na delegacia. O objetivo é saber se a vítima vinha recebendo ameaças. O filho de Elzevir já deu declarações ao delegado.

O Serviço de Investigações Gerais da Polícia Civil (SIG) já está percorrendo o entorno do local onde a vítima foi assassinada para verificar se alguma câmera de segurança registrou o ocorrido.

De acordo com a polícia, a vítima chegava em casa conduzindo um Toyota Corolla, de cor preta, com placas HTH 1818 de Dourados, quando o pistoleiro se aproximou e atirou seis vezes. A vítima foi atingida com cinco tiros, dois no rosto, um no pescoço e dois no tórax, do lado esquerdo, que transfixou o lado direito.

O crime aconteceu no cruzamento das ruas Hayel Bon Faker com a Olinda Pires de Almeida, no bairro BMH 3º Plano, em frente a garagem da casa dele.



Segundo informações que a esposa prestou à polícia no dia do assassinato, ela ouviu o carro chegando na residência, mas estranhou que ele não entrava. Ela saiu para fora e já se deparou com o marido baleado. O Serviço Ambulatorial (Samu) foi acionado e quando chegou Padoin já estava morto.

De acordo com uma testemunha, seis disparos foram ouvidos, mas ninguém sabe dizer se o pistoleiro estaria sozinho e em qual veículo fugiu. A polícia trata o caso como crime de execução.

Aos jornalistas, o delegado ainda disse que não descarta nenhuma hipótese quanto ao crime, podendo ser passional, tentativa de furto ou crime de encomenda relacionado a envolvimentos da vítima. Elzevir Padoin era um

a das pessoas envolvidas no esquema de sonegação de impostos que usava ‘empresas laranja’ para a comercialização de soja entre os anos de 2000 a 2005. O caso ficou conhecido como Campina Verde.

O delegado não manifestou ligação sobre a morte de Elzevir com o esquema de sonegação.