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Líbia acusa Otan e pede à Rússia que convoque Conselho de Segurança

26 ABR 2011 • POR • 20h35
Rebeldes treinam novos recrutas nesta terça-feira - Foto: AP
O governo da Líbia pediu nesta terça-feira (26) à Rússia que convoque uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para examinar o que chamaram de \"tentativa de tomar como alvo\" o coronel Muammar Kadhafi e o bombardeio de \"instalações civis\" na Líbia, informou a rede de televisão estatal líbia.

\"A Líbia fez a solicitação à Rússia, oficialmente, ante a persistente agressão colonialista dos cruzados contra instalações civis líbias, e a tentativa de tomar como alvo o líder Muammar Kadhafi\", informou a televisão.

Os bombardeios realizados sob o patrocínio da Otan são \"contrários às resoluções do Conselho (de Segurança da ONU 1970 e 1973) e violam as leis e convenções internacionais\", acrescentou a mesma fonte.

O regime líbio considerou que o ataque que destruiu o gabinete doditador Kadhafi no domingo à noite foi uma \"tentativa de assassinato\".

No entanto, a Otan desmentiu na terça-feira que Kadhafi tivesse sido o alvo dos bombardeios de domingo.

A Rússia, que tem direito a veto no Conselho de Segurança da ONU, multiplicou nas últimas semanas as críticas à coalizão internacional, julgando que sua intervenção excede o mandato das Nações Unidas.

União Africana
O governo líbio também solicitou a convocação, o quanto antes, de uma reunião de cúpula extraordinária da União Africana (UA) para \"mobilizar\" o continente e \"enfrentar a agressão exterior\" na Líbia, informou uma fonte oficial.

\"Minha delegação propôs a celebração o quanto antes de uma sessão extraordinária da Assembleia da União Africana (...)\", declarou em Adis Abeba o ministro líbio das Relações Exteriores, Abdelati Obeidi.

Uma delegação de rebeldes do Conselho Nacional da Transição (CNT) também está presente na capital etíope.