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Governo da Síria já matou 400 civis em protestos

26 ABR 2011 • POR • 16h35
Forças de segurança do governo da Síria mataram pelo menos 400 civis na tentativa de reprimir os protestos pela democracia que já duram um mês, disse o grupo de direitos humanos sírio Sawasiah nesta terça-feira (26).

O grupo, fundado pelo advogado especialista em direitos humanos Mohannad al-Hassani que está preso, disse que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) precisa se reunir para iniciar um processo contra funcionários do governo da Síria no Tribunal Penal Internacional e \"controlar os órgãos de segurança\" do país.

\"Esse comportamento selvagem, que tenta manter a classe dominante no poder mesmo que isso signifique acabar com um número cada vez maior de vidas civis, demanda uma ação internacional imediata para além de condenações\", disse a Sawasiah em comunicado enviado para a Reuters.

\"Os assassinos do regime sírio devem ser responsabilizados pelo que fizeram. Os rios de sangue derramados por esse regime opressor nas últimas quatro décadas chegaram ao limite\", afirma o comunicado.

Entre os participantes do conselho do Sawasiah está o professor de filosofia Sadeq Jalal al-Azem cujo livro \"Self-criticism after the defeat\" (Auto-crítica depois da derrota, em tradução livre) ajudou a preparar a renovação no pensamento político árabe depois da vitória de Israel na guerra do Oriente Médio em 1967.

Separadamente, o Observatório Sírio para direitos humanos disse que a polícia prendeu em sua casa o militante Qassem al-Ghazzawi nesta terça na cidade de Deir al-Zor. Dentro da pobre região leste da Síria, a ação policial aconteceu depois que os protestos se intensificaram na região na semana passada.

O Observatório disse também que Mahmoud Issa, um militante e ex-prisioneiro político foi preso novamente na semana passada na cidade de Homs. Encaminhado a um tribunal militar nesta terça, Issa está sendo acusado por \'ter um telefone via satélite Thuraya e um computador avançado\'.