Benê Cantelli

O mundo não é dos espertos

1 AGO 2016 • POR • 06h00
Triste sina a daqueles que medem suas expectativas de vida e vitórias sob o prisma da ESPERTEZA e, notadamente, a esperteza que é apanágio daqueles que não conhecem os limites da natural ação divina que tempera a mente e o coração daqueles que O conhecem.


Podemos e devemos entender que o mundo é sim, daquelas pessoas honestas e verdadeiras. A esperteza, um dia, é descoberta e vira vergonha. Por sua vez, a honestidade se transforma em exemplo para as gerações do futuro.


Uma, a tal esperteza, corrompe a vida; a outra, a honestidade, enobrece a alma.


Não podemos confundir sucesso como resultado da esperteza que suja a mente e o coração dos malfeitores, ladroes, usurpadores do lugar ou função ocupada por outrem.


Aprendi e guardei para mim e dividi com os meus filhos e amigos mais próximos: O roubado lembra o seu dono. Não há, por pior conduta que tenha um ser humano, a consciência que o deixe tranquilo e em paz. Regorgita dentro dele o mal feito.


Há na mente dos menos avisados que todo rico é alguém que desfrutou dessa tal esperteza e que muitos pobres não seriam se fossem mais "espertos". Rude forma de pensar. Pequena mente.


Quando Jesus se referiu "que era mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus", ele não se referia às agulhas que conhecemos, mas àquela que ele tinha à sua vista e à vista do povo que o acompanhava. Era um pórtico por onde passavam os animais, para entrar na cidade. Era sim, muito difícil, mas todos passavam.


Posso imaginar que a GRATIDÃO, sentimento de reconhecimento que se deve aos que emprestam sua generosidade aos mais fracos, está aos poucos, desaparecendo, porquanto, a cada dia cresce mais o valor dado à esperteza.


Não é somente doutrina expressa por alguns livros ligados à religiões, mas creio que é um sentimento próprio ou inerente à cultura educacional, proveniente dos ensinamentos dos pais, ou imanente aos seres vivos, criados por Deus.


É na fraqueza que Paulo se sentia fortalecido, não na esperteza dos mal intencionados. Era doutor em leis; comandante de centúrias, e no fim, o maior apóstolo do Cristianismo.


A vitória dos gênios, dos mais sábios, dos mais fortes, dos atletas que sobem ao pódio, advém do exercício constante de sua vontade de ser o melhor. Não há subterfúgios e nem atalhos. É foco. É meta.


Na vida como na morte, somos julgados por nossa competência em fazer o que devemos e, não apenas aquilo que podemos.


Às vezes, nos excedemos ao fazer o que podemos, nunca, ao fazer o que devemos.


A ideia do dever nos inspira o certo, nos leva ao melhor e nos sublima ao divino.


A história do dever cumprido nos remete, novamente, ao apóstolo Paulo: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé". "Desde agora, a coroa da justiça me esta guardada."


Supondo a ideia de que todo conselho bom, deve ser compartilhado: Compreenda a si mesmo para compreender os outros; ame-se muito e ame aos que lhe rodeiam. Em tudo, seja o melhor, ajudando outros atingir igual meta.


Seja grato em tudo, primeiramente a Deus.


Bom dia e melhor semana.


Professor e Campista. e-mail: bncantelli1@gmail.com