Investigação

Esquema ajudava árabes a se passarem por brasileiros

26 JUL 2016 • POR • 14h24
Nesta terça-feira (26) de manhã, a Polícia Federal deflagrou a Operação Falsário, para desmantelar a organização criminosa que fraudava os documentos. De acordo com o Campo Grande News, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos, mas por enquanto, ninguém foi preso.

Segundo informações do delegado regional de combate ao crime organizado, Cléo Mazzotti, e do delegado da unidade da PF e Ponta Porã, Glauber Fonseca de Carvalho Araújo, o esquema passou a ser investigado em 2014, quando um estrangeiro tentou tirar passaporte em Ponta Porã e acabou sendo preso. Portando documentos "teoricamente" verdadeiros, o homem foi descoberto palestino na conferência de suas digitais.

De acordo com a polícia, a fraude era feita num cartório de Areado, em São Gabriel do Oeste, onde eram confeccionadas certidões brasileiras verdadeiras para estrangeiros. A polícia afirma que ele recebia cerca de R$ 10 mil por cada documento confeccionado. O dono do cartório também deverá ser investigado.

Até agora, as investigações apontam para quatro estrangeiros com certidões brasileiras. Essas pessoas já foram identificadas pela polícia e estão sendo monitoradas, mas os delegados acreditam que há mais beneficiários.

Por enquanto apenas foram cumpridos cinco mandados de busca em apreensão, sendo três em Campo Grande e dois em São Gabriel do Oeste. Segundo a PF, os brasileiros podem ser indiciados por corrupção ativa ou passiva, inserção de dados falsos em sistema, falsificação de documentos e associação criminosa.

Os estrangeiros respondem pelos mesmos crimes e se condenados, serão expulsos do Brasil. Segundo a polícia, a operação não tem vinculação terrorista.