Avaliação

Junta médica decidirá se PM que matou marido pode voltar ao trabalho

20 JUL 2016 • POR • 09h52
Foto: Reprodução
Uma junta médica da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) avaliará se a tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira, 40, tem condições de voltar ao trabalho. A servidora, que trabalhava como ajudante de ordem do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), e matou a tiros o marido, o major Valdeni Lopes Nogueira, 47, na semana passada.

De acordo com a assessoria de imprensa da PM, a militar pode ou não pedir afastamento das funções, mas diante dos fatos, é obrigatório que ela passe por análise de médicos e psicólogos antes de reassumir o posto.

Segundo o site Campo Grande News, a defesa dela deve pedir a licença temporária da servidora para tratamento psicológico. "Ela está se mostrando com um poder de recuperação até razoável, embora a gente tenha recomendado um tratamento psicológico, o acompanhamento de profissionais, até porque como todos sabem, após o evento houve ela teve a ideia dela tirar a própria vida", afirmou o advogado da PM, José Roberto da Rosa.

Expulsão

Uma expulsão ou aposentadoria da servidora só será decida após a condenação dela na Justiça comum. Uma investigação sobre a conduta de Itamara já foi aberta pela corporação e ela já foi ouvida pela Corregedoria da PM uma vez.

Ainda conforme a assessoria de comunicação, em tese, policiais militares condenados criminalmente a mais de dois anos de prisão têm de ser exonerados. Mas, existem atenuantes e tudo depende análise jurídica.


Caso

Na tarde de terça-feira (12), o casal estava discutindo e por volta das 16h30 a mulher teria efetuado ao menos dois disparos contra o marido. Com a chegada da PM, Itamara teria se trancado na residência e se negado a entregar a arma, mas confessou o crime.

O advogado da tenente-coronel vem afirmando que Itamara foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos, e desta vez, agredida com socos e tapas, teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.

Mas, o irmão da vítima, Valdeci Alves Nogueira, 49, contesta. Ele afirma que por ser profissional da área de segurança, Itamara conhecia a arma e a munição que utilizou para matar Valdeni. "Ela sabia que não precisava de muitos tiros e que com um tiro naquela região do corpo ele iria morrer", acredita.