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Rebeldes acusam Kadhafi de matar 10 mil na Líbia e pedem armas

12 ABR 2011 • POR • 19h35
Rebelde caminha entre tanques destruídos das tropas de Kadhafi nesta terça-feira - Foto: AP
O opositor Conselho Nacional de Segurança (CNT) da Líbia acusou nesta terça-feira (12) as forças leais ao ditador Muammar Kadhafi de terem matado 10 mil pessoas desde o início do conflito na Líbia e mencionou a existência de outros 20 mil desaparecidos e 30 mil feridos. Os rebeldes também voltaram a pedir armas às potências ocidentais que bombardeiam as tropas pró-Kadhafi.

\"Atualmente temos 10 mil pessoas mortas nas mãos dos soldados de Kadhafi, assim como 20 mil desaparecidos e 30 mil feridos, dos quais 7.000 correm perigo de morte\", declarou um representante do CNT, Ali Al Isawi, depois de se reunir em Luxemburgo com os chefes da diplomacia europeia.

\"Esperamos por parte do mundo inteiro um apoio total à resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU sobre a Líbia\", afirmou ainda.

Rebeldes líbios enviaram um pedido por armas aos países que reconheceram seu conselho nacional como o único representante da Líbia, disse um porta-voz nesta terça-feira.

\"Enviamos uma lista de equipamentos técnicos e militares que precisamos\", afirmou Abdel Hafiz Ghoga, porta-voz do conselho, aos repórteres em Benghazi, cidade controlada pelos rebeldes.

Questionado quais países receberam o pedido por armas, Ghoga declarou: \'Obviamente pedimos aos países que já reconheceram o conselho nacional transicional como o único representante para a Líbia\'.

França, Catar e Itália reconheceram que os rebeldes controlam o leste do país, onde uma campanha militar contra as forças de Kadhafi chegou num impasse, apesar da ajuda dada pelos ataques aéreos realizados pela Otan.

A França lidera os pedidos por uma intervenção militar na Líbia, depois que manifestações populares no leste se transformaram numa guerra.

Ghoga disse que os rebeldes elevaram a segurança nos campos de petróleo depois que ataques de forças leais a Kadhafi forçaram a paralisação da produção. Ele não deu detalhes.

As forças de Kadhafi ainda ocupam partes do porto petrolífero de Brega, segundo Ghoga.

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