Mundo

Instituições palestinas estão prontas para assumir Estado, avalia ONU

12 ABR 2011 • POR • 15h35
Palestinos trabalham em fábrica de reciclagem de cimento na Faixa de Gaza nesta segunda-feira - Foto: AP
A Autoridade Palestina está pronta para liderar um Estado independente, mas terá de se esforçar para promover progressos institucionais devido às restrições provocadas pela ocupação israelense, afirmou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (12).

O documento da ONU seguiu a mesma linha de avaliações otimistas divulgadas na última semana pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional sobre as conquistas da Autoridade Palestina para a formalização de um país.

As declarações positivas precedem o encontro de países que oferecem ajuda à Autoridade Palestina em Bruxelas, na quarta-feira, que irão rever a estratégia do primero-ministro palestino, Salam Fayyad, para construir um quadro de Estado até meados de 2011.

\'Em seis áreas onde a ONU está mais envolvida, as funções governamentais são suficientes agora para o funcionamento de um governo de um Estado\', disse o relatório, intitulado \'A Construção de um Estado Palestino: Um Período Decisivo\'.

O relatório afirma, no entanto, que a Autoridade Palestina não pode fazer mais avanços significativos por conta da contínua ocupação israelense em boa parte da Cisjordânia e de um colapso nas negociações de paz no Oriente Médio.

Negociações para por fim ao conflito de décadas foram por água abaixo em setembro do ano passado, na sequência de uma disputa em torno da construção de mais assentamentos israelenses na Cisjordânia.

Diante do impasse, líderes palestinos pretendem pedir durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro, o reconhecimento de sua soberania sobre todo o território que foi ocupado por Israel em 1967, incluindo Gaza, sobre o qual a Autoridade Palestina não tem controle.

De acordo com o relatório, as divisões políticas profundas entre a Autoridade Palestina e o grupo islâmico Hamas, que controla Gaza, representam mais uma complicação para a soberania palestina.

######(G1)