Operação

PF desmonta quadrilha de cigarro em três estados

12 JUL 2016 • POR Do Progresso • 18h54
Organização utilizava lanchas para transportar as cargas de cigarro que saiam do Paraguai. - Foto: PF/Divulgação
A Polícia Federal realizou ontem de manhã a operação Pleura em Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. O objetivo foi desarticular uma organização criminosa que usava rios do país para escoar cargas de cigarros contrabandeados do Paraguai.


Foram cumpridos 38 mandados judiciais, sendo 21 de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão.
Cerca de 100 policiais federais participam da operação que tem como base o Paraná, com ações nos municípios de Loanda, Querência do Norte e Capanema. Em São Paulo a atuação acontece em Tupã e Mato Grosso do Sul, em Naviraí.


Em nota, a Polícia Federal afirma que a organização criminosa atuava principalmente no extremo nordeste do Paraná e que diariamente, utilizava os rios Paraná e Ivaí para escoar cargas contrabandeadas de cigarros paraguaios, em embarcações que saíam de Salto del Guairá, no Paraguai.


A investigação começou este ano e descobriu que as ações da organização geraram uma rede de olheiros, carregadores e batedores que utilizavam armas e lanchas de apoio para viabilizar a atividade criminosa em diversas cidades da região.


Um médico e um advogado, irmãos moradores de Loanda, no Paraná, são apontados como líderes do esquema criminoso. De acordo com a PF, além deles, uma família baseada na região também atuava intensamente no contrabando.


O nome da Operação, de acordo com a PF, faz alusão a membrana que protege o pulmão, órgão mais afetado pela atividade criminosa em questão.

Médico


A Polícia Federal revelou que o médico preso trabalhava em dois hospitais públicos das cidades de Santa Isabel do Ivaí e Santa Cruz de Monte Castelo, no noroeste do Paraná.


O suspeito chegou a abandonar alguns plantões nas duas unidades para coordenar o contrabando de mercadorias.


"Detectamos que ele deixou alguns plantões em dois hospitais públicos e foi até os portos onde as embarcações atracavam para dar apoio e coordenar o transporte dos cigarros contrabandeados", disse o delegado da PF, Alexander Boeing Noronha Dias.