Carta

Indígenas cobram justiça sobre conflito em Caarapó mês passado

5 JUL 2016 • POR • 18h42
O documento de cinco páginas foi escrito durante encontro do Conselho do Aty Guasu, realizado nos dias 1 e 2 deste mês. - Foto: Divulgação
O conflito entre indígenas e donos de terras em Caarapó, que começou no dia 12 de junho, e que resultou na morte de um indío e mais cinco pessoas feridas, ainda está gerando impasse.


O conflito ocorreu por causa da invasão da Fazenda Yvu, pelos índios da Reserva Te’yikuê, que fica ao lado da propriedade. Apesar da violência do conflito, até agora ninguém foi preso.


Uma carta divulgada pelo Conselho do Aty Guasu na segunda-feira passada, revela que os índios, estão cobrando a prisão dos verdadeiros autores da ação que eles consideram ‘massacre’.


Na carta os indígenas revelam que, lideranças foram indiciadas criminalmente e poderão ser presas, enquanto que do lado dos donos de terras, nada aconteceu.


Um documento de cinco páginas foi escrito durante encontro do Conselho do Aty Guasu, realizado nos dias 1 e 2 deste mês, no tekoha Ñamoi Guaviray, em uma das áreas da Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá I retomadas pelos indígenas do agente de saúde indígena Clodiodi de Souza, durante o conflito. A carta foi assinada por mais de 700 indígenas.


"Se o Estado nos prender depois do que aconteceu, ele não nos respeita, e então honraremos a vida de todos os que morreram na luta", afirmam os Guarani e Kaiowa.

Procurador


O Procurador da República Marco Antonio Rufino afirmou que o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal estão trabalhando pela "responsabilização de todas as pessoas, tanto as que cometeram os primeiros crimes quanto as pessoas que cometeram os demais crimes".