Vandalismo

Casa de advogada é alvejada em Pedro Juan Caballero

30 JUN 2016 • POR Do Progresso • 17h00
Dois homens em um motocicleta se aproximaram do local e disparam vários tiros em direção ao imóvel. - Foto: Ponta Porã Informa
A casa de uma advogada que funciona também como escritório de advocacia foi alvo de atentado na noite de quarta-feira em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com o Brasil através de Ponta Porã.


De acordo com o Amambay 570, a residência, que fica na rua Blas Garay esquina com a 15 de Agosto, no bairro Viver de Caacupe, pertence a advogada Zula Ojeda Riquelme e os tiros foram de pistola 9 milímetros.
Ainda de acordo com o jornal, dois homens em um motocicleta se aproximaram do local e disparam vários tiros em direção ao imóvel.


Em entrevista ao site paraguaio, a advogada afirmou que não tem problemas com ninguém e que não recebeu nenhuma ameaça.

Exército


O Senado do Paraguai discutiu ontem a proposta do senador liberal Fernando Silva Faceti, de intervenção militar no Departamento de Amambay para conter a guerra entre criminosos, intensificada com a execução do chefe do narcotráfico na região, Jorge Rafaat Toumani, no dia 15 de junho.


A proposta para declarar estado de exceção em Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero, onde Rafaat foi morto a tiros de metralhadora antiaérea calibre 50, recebeu parecer contrário da Comissão dos Assuntos Constitucionais do Senado da República do Paraguai.


Mesmo sem apoio da comissão, o projeto está na pauta da sessão desta quinta-feira, mas boa parte dos senadores do país vizinho já manifestou opinião contrária à militarização, uma vez que já existe uma lei de 2013, permitindo a defensa nacional e segurança pública na região.


De acordo com o jornal Última Hora, o projeto de Fernando Silva Faceti permite ao Executivo decidir sobre o uso das Forças Armadas para combater o crime organizado e prevê o estado de emergência por um período de 60 dias.


O senador e ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, que preside a Comissão dos Assuntos Constitucionais, disse que a lei sancionada em agosto de 2013 já amplia as funções das Forças Armadas em Amambay e em outros dois estados paraguaios – Concepción , que também fica na fronteira com Mato Grosso do Sul, e San Pedro, onde atua o grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio).


"A comissão não viu como prudente a declaração de estado de emergência em Amambay", afirmou Lugo.