SAÚDE PÚBLICA

Jornalista pede ajuda e expõe caos na saúde pública de MS

24 JUN 2016 • POR • 08h52
Diogo Neto, na direita, com 108 quilos e na esquerda, atualmente, com 50 quilos.
O jornalista Diogo Neto do Distrito de Nova Itamarati, em Ponta Porã, pede ajuda para ser transferido para algum hospital de Campo Grande, onde haja especialidades em Oncologia (câncer) e Neurocirurgia com especialidade em colunas cervical. Ele está com um nódulo de 1,3 cm que ainda não foi diagnosticado, podendo ser câncer ou tuberculose óssea. O jornalista ainda expõe que a saúde pública de Mato Grosso do Sul está um caos.

Ontem (23), às 17h30, Diogo escreveu em sua rede social que precisa muito de ajuda para ser transferido para algum hospital público de Campo Grande, onde pediu por mais de dez vezes para ser transferido como caso de 'vaga zero', e todas as vezes o pedido foi rejeitado, pois os hospitais informaram que no momento sofrem de superlotação. Ele está internado há 20 dias no Hospital Regional de Ponta Porã.

"Corro um grande risco de ficar na cadeira de rodas, pois sofro de uma fratura na coluna, além do nódulo. Fui para Dourados, fiz exames de tomografia no Hospital Universitário, onde achei que receberia medicamentos, mas fui novamente transferido para Ponta Porã", diz Diogo decepcionado.

O jornalista chegou a pesar 108 kg, mas acabou perdendo peso até chegar a 50 kg. Para o tratamento contra a dor, ele está tomando morfina regularmente, e diz que por causa da medicação está ficando "fora de si".

"A central de vagas recusou o pedido de tratamento para a rede pública de Campo Grande. Pedi várias vezes, implorei, ligamos, mas eles sempre alegam que estão sem vagas para novos tratamentos, sendo que meu caso é de extrema urgência. Assim que me diagnosticarem, vamos começar o tratamento o mais rápido possível", ressaltou.

Diogo critica a rede pública de Mato Grosso do Sul. "É uma vergonha, uma pessoa no meu estado, em que precisa de exames e tratamentos com urgência, esteja passando por isso, onde está o nosso valor na sociedade?"

Ele faz o apelo para que alguma pessoa que possa ajudá-lo, entre em contato através do celular (67) 99807-3415) para que o seu caso seja tratado com seriedade.