Conjuntura

Desespero

21 JUN 2016 • POR • 06h00
Marco Aurélio de Mello, do STF, é quem vai decidir o destino do pessoal da Lama Asfáltica, preso desde o dia 10 de maio em Campo Grande. Eles já recorreram a tudo e, agora, vão tentar a última cartada para se livrarem do cárcere na Suprema Corte do país. Em tempos de caça aos corruptos pelo Brasil afora, não deverá ser nada fácil conseguir essa permissão.


Afinal, as forças que comandam essa operação mostram um desvio gigantesco de dinheiro público e isso deve pesar na decisão do ministro. Até porque, gente graúda não tem logrado êxito, exceto quem resolve delatar.

##### Na pedra


PSDB e PR amarraram os bigodes e, juntos, vão tentar destronar o atual prefeito Alcides Bernal (PP), por quem não nutrem nenhuma simpatia. Claro que outros partidos devam vir a reboque para engrossar a fileira do projeto tucano, mas terá maior valor quem vier antes de esgotar outras possibilidades de aliança. Ao que tudo indica, quem deixar para abraçar a causa na última hora, chegará tão desvalorizado que até para eleger vereador vai encontrar dificuldade.


Ninguém pode esquecer que dinheiro da iniciativa privada está proibido. Será na base do beijo, da saliva e da sola de sapato.

##### Aliançado


Outra aliança que se define rumo às eleições municipais de outubro é do PSB com o PMDB. O que não se sabe ainda é quem será cabeça de chapa, mas tudo leva a crer que a deputada federal Tereza Cristina larga com certa vantagem sobre os outros nomes indicados para a disputa do cargo.


Eleita para o cargo na eleição de 2014, ela tem bom trânsito entre diversas categorias da sociedade e foi umas das principais colaboradoras da gestão do governador André Puccinelli (PMDB). Já o deputado estadual Márcio Fernandes corre para ser o indicado, mas tá difícil.

##### Cético


O senador Pedro Chaves (PSC-MS), que assumiu o cargo em lugar de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), cassado pelo Senado, se diz indeciso em relação a votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).


"Os dois lados têm me procurado. Ainda estou analisando e não quero me precipitar", disse Pedro Chaves, em entrevista ao portal Globo.com. Ele e outros parlamentares estão sendo assediados tanto pelo grupo político de Dilma quanto pelo o liderado pelo presidente em exercício Michel Temer (PMDB-SP).

##### Sepultura


Enquanto o novato Pedro Chaves anda indeciso, os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB sul-mato-grossense, já se manifestaram publicamente pela degola definitiva da presidente afastada Dilma Rousseff. Eles não querem nem saber se a mula manca, querem a petista longe do Palácio do Planalto.


Afinal, os dois discípulos políticos de André Puccinelli são Michel Temer até debaixo d’água.