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ONU elogia abertura de fronteiras para refugiados líbios e marfinenses

5 ABR 2011 • POR • 20h15
A embaixadora da ONU para a causa dos refugiados, Angelina Jolie, visita refugiada somali no campo de Shousha, na Tunísia, a 8 km da fronteira com a Líbia - Foto: AP
Os países pobres que fazem fronteira com a Líbia, a Costa do Marfim e a Somália receberam centenas de milhares de pessoas fugindo de conflitos, numa atitude reconfortante num mundo frequentemente marcado pela xenofobia, disse nesta terça-feira (5) o alto comissário da Organização das Nações Unidas para os refugiados, Antonio Guterres.

Guterres também prestou uma homenagem à Itália e a Malta pelo abrigo dos migrantes que buscam melhores condições econômicas e dos refugiados do norte da África, mesmo que Roma queira enviar de volta para casa milhares de tunisianos que buscam uma vida melhor.

Guterres fez os comentários depois de visitar Libéria, Egito, Tunísia e Quênia, enquanto sua agência se esforça para lidar com várias crises de refugiados simultâneas.



\"Na Libéria, no Egito e na Tunísia, vi pessoas abrindo não apenas a fronteira, mas abrindo seus corações e bolsos de uma forma que acho que é uma lição no mundo de hoje, onde vemos tantas demonstrações de populismo, xenofobia e rejeição de estrangeiros\", disse ele à imprensa.

\"Eles mostram que, no mundo de hoje, há ainda uma série de países muitos generosos que continuam mantendo suas fronteiras abertas com um fluxo enorme de pessoas necessitando de proteção\", disse ele.

A Itália tem reclamado duramente sobre a falta de ajuda dos outros países da União Europeia para lidar com as pessoas que chegam do norte da África a bordo de barcos precários. (G1)