Política

Justiça bloqueia bens de envolvidos na Operação Owari

5 ABR 2011 • POR • 00h12
Operação Owari foi desencadeada em julho de 2009 Foto: div.
DOURADOS - O juiz da 2ª Vara Cível de Dourados, José Carlos de Souza, bloqueou os bens de 19 réus entre políticos e empresários, denunciados pelo Ministério Público na Operação Owari, desencadeada em 2009 pela Polícia Federal de Dourados.

Segundo decisão do juiz, tiveram os bens bloqueados: José Laerte Cecílio Tetila, Ari Valdecir Artuzi, Dorval Martins Pagnocelli, Hospital e Maternidade Santa Rosa, Wilson Cesar Medeiros Alves, Roosewelt Granja, Sandro Petry Laurea-no Leme, Rodrigo Bosquetti Medeiros, Evandro Silva Rosa, André Luiz Freitas Tetila, João Paulo Barcello Esteves, Ana Cláudia Barzotto, Ayrton Romero de Castro, Direcional Consultoria em Projetos e Pesquisa Ltda e membros da família Uemura.

A Operação Owari (ponto final em japonês) foi a primeira a identificar indícios de irregularidades na administração de Dourados. O principal ponto da denúncia foi o suposto arrendamento irregular do Hospital Santa Rosa. A ação come-çou a correr na Justiça no dia 16 de novembro de 2009.

De acordo com decisão, o juiz solicitou no último dia 1º, a transferência para a Conta Única do Poder Judiciário o total de R$ 7.112,90 sendo que os valores inferiores a R$ 100 foram desbloqueados conforme orientação da Corregedoria Geral. O juiz também solicita o bloqueio da transferência dos veículos de propriedade de sete dos 19 réus.

De acordo com denúncia do MP, a suposta quadrilha se dedicava à prática de crimes de fraudes de licitação, cárcere privado, exercício arbitrário das próprias razões, exercício ilegal de atividade financeira, agiotagem, crimes contra a or-dem econômica, advocagia administrativa, tráfico de influencia, crime contra o sistema financeiro, corrupção ativa e crime contra a ordem tributária.

O grupo também é acusado de fraudar licitações públicas para a exploração de prestação de serviços em várias áreas, como sa-úde e a atividade funerária. Entre os presos estão agentes políticos, servidores públicos, empresários e profissio-nais liberais. A operação cumpriu 41 mandados de prisão, a maioria em Dourados.

A Polícia Federal informou em 2009 que a suposta quadrilha causou um prejuízo de aproximadamente R$ 20 milhões aos cofres públicos e atuava há mais de 40 anos.

Os autos do processo estão no Tribunal de Justiça sob o número 00157926620098120002.