CAPITAL

Preço da cesta básica cai pela 2ª vez no ano na Capital

6 JUN 2016 • POR • 13h20
A manteiga é o produto que teve maior redução de preços em Campo Grande no mês de maio - Foto: Divulgação/EPTV
Pela segunda vez em 2016, o preço da cesta básica caiu em Campo Grande. No mês de maio, a exemplo do que já havia ocorrido em fevereiro, o valor do grupo de produtos pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) recuou na capital sul-mato-grossense. No mês passado a retração, conforme a entidade, foi de 0,31%. No entanto, no ano, a alta acumulada nestes cinco meses na cidade chega a 3,39%.

De acordo com o Dieese, em abril o valor para a aquisição dos 13 produtos que compõem a cesta básica era de R$ 402,89 e em maio caiu para R$ 401,63. Esse valor demandou para a compra dos itens, 100 horas e 25 minutos da jornada de trabalho da pessoa que recebe como remuneração um salário minimo e consumiu 49,61% de sua renda liquida (salário menos o desconto previdenciário).

Em maio, ainda conforme a entidade, Campo Grande foi uma das dez capitais do país a registrarem queda de preço no valor da cesta básica, mas o grupo de alimentos comercializado na cidade ainda tem um dos valores mais altos do Brasil. No mês, o valor da cesta básica na capital sul-mato-grossense foi o 11º mais caro do país, ficando atrás somente dos preços registrados em: São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC), Vitória (ES), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Belém (PA).

De acordo com o Dieese, dos 13 produtos da cesta básica, nove caíram de preço em Campo Grande no mês de maio: manteiga (-12,27%), batata (-2,73%), óleo (-2,73%) , arroz (-2,71%), tomate (-1,57%), café (-1,28%), banana (-1,25%), açúcar (-1,24%) e carne (-0,20%), sendo que manteiga, batata, arroz, banana e carne reverteram a trajetória de alta observada no mês de abril.

Em contrapartida, quatro itens subiram de preço. A maior alta ficou por conta do leite (7,24%). Na sequência aparecem o feijão (4,70%), a farinha de trigo (3,81%) e o pão francês (1,37%). Somente o trigo reverteu a tendência de queda do mês anterior.

Para adquirir uma cesta básica familiar, com itens suficientes para atender o consumo de uma família com quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, o Dieese aponta que o trabalhador campo-grandense precisou gastar em maio R$ 1.204,89, um valor R$ 3,78 menor que o de abril, mas que representou 1,37 vezes o valor do salário mínimo bruto atual.