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EUA criticam prisão de artista e ativista de direitos humanos na China

5 ABR 2011 • POR • 00h35
Ai Weiwei em foto de 1º de março, em Pequim - Foto: Grace Liang/Reuters
Os EUA pediram à China que liberte imediatamente o artista e militante dos direitos humanos Ai Weiwei, detido neste final de semana, informou o Departamento de Estado.

A polícia chinesa vem se recusando a dar explicações sobre os motivos da detenção do artista, denunciou nesta segunda-feira (4) sua esposa, Lu Qing.

O artista, que critica o governo chinês, foi detido quando pretendia deixar o aeroporto internacional de Pequim.

De acordo com sua esposa, Weiwei viajaria a Hong Kong. No momento em que foi detido, a polícia realizou uma batida em seu ateliê, levando computadores e outros equipamentos.

\"Estamos muito preocupados com a prática de desaparecimentos forçados, detenções extrajudiciais e condenações de militantes\" dos direitos do homem, afirmou Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado.

Vários assistentes do artista foram detidos e liberados no domingo, de acordo com Li Qing, que informou também que a casa do casal está sob vigilância.

Reconhecido internacionalmente, ele ajudou a desenhar o estádio olímpico de Pequim, construído para os Jogos de 2008, e conhecido como \'Ninho do Pássaro\'.

Dezenas de opositores chineses foram detidos ou tiveram suas residências vigiadas nas últimas semanas, com Pequim temendo um contágio no país das revoltas do mundo árabe, segundo as organizações de defesa dos direitos humanos. (G1)