Protesto

Comandante avalia ato da PM em Dourados

25 MAI 2016 • POR • 06h00
Ontem, em Dourados, pelo menos 70% do efetivo protestou. - Foto: Hedio Fazan
Policiais militares de Mato Grosso do Sul fizeram ontem uma operação padrão para alertar o Governo do Estado sobre a precária condição de trabalho das corporações, que são cobradas a manter a ordem pública. Segundo o comandante do 3° Batalhão de Polícia Militar de Dourados, o ‘Dia de Alerta’ na cidade ocorreu com tranquilidade.


"O protesto em Dourados foi muito tranquilo. Está muito bem organizado de forma que a população não sofra com o movimento. Ocorrências emergenciais e de vulto serão atendidas. Não queremos que a população sofra com esta situação. Espero que rapidamente o problema seja resolvido e que possamos voltar a normalidade", avaliou o comandante em entrevista ontem.


Carlos Silva frisou que o secretário de Segurança já informou vários investimentos destinados aos órgãos de Segurança Pública para que seja possível prestar melhor atendimento à toda população do Estado. "Com relação aos salários as entidades de classe e o Governo ainda estão em negociações e espero que possamos chegar a um acordo", disse o tenente coronel.


O receio da população em relação ao ato era pela falta de efetivo no combate aos ilícitos e no atendimento às ocorrências. No entanto, segundo Carlos Silva, não foram registradas grandes ocorrências ontem. "Não tivemos ocorrência de vulto. E as escoltas estão sendo efetuadas normalmente", informou o comandante.


Ontem, pelo menos 70% do efetivo protestou. ‘Aquartelados’, os PM’s explicaram que a categoria reivindica reposição do índice de inflação de 11% que é abaixo do percentual total acumulado nos últimos meses. Eles levam em conta o que o Governo sustenta, de que já antecipou a data-base em dezembro de 2014. Embora a categoria não concorde com a afirmação, resolveu manter o percentual abaixo do ideal para corrigir as perdas inflacionárias.


Além disso, a categoria alega que trabalha com a sobrecarga da falta de infraestrutura. Nas ruas, o enfrentamento de alto risco não conta com o mínimo para a proteção do policial.

Governo


Por volta de 16h15 de segunda-feira, uma mensagem virtual enviada às redações tendo por remetente um endereço de e-mail com a extensão ‘@secom.ms.gov.br’ assinado por servidora estadual intitulada ‘Nota á imprensa’ versava sobre posição do Comando-Geral da PM de ‘desconhecer o movimento’.


Ontem, o Comando da Polícia Militar enviou outra nota, informando que o texto anterior não teria partido do Comando-Geral e, portanto, não-oficial.


"A notícia reportada foi originada na Sejusp e fora colocada como fala do Comandante-Geral. "Reitero, não dei qualquer entrevista"... " agradeço o presente apoio a minha pessoa, além da paciência tida com as referidas negociações, em breve, e finalmente, trarei a definição das discussões, e provavelmente outra decisão que julgo seja melhor para a tropa", relata a nota de ontem, enviada pelo e-mail ‘imprensa@pm.ms.gov.br.