Greve

PM’s e Bombeiros protestam por melhores condições

24 MAI 2016 • POR • 06h00
Alírio Villasanti, presidente da Associação dos Oficiais Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul. - Foto: Divulgação
Boa parte do efetivo de policiais militares e bombeiros de Mato Grosso do Sul paralisa as atividades hoje reivindicando, além da reposição inflacionária nos salários, a melhoria da situação dos quartéis e viaturas, reposição à falta de coletes à prova de balas, ausência de investimentos em tecnologia e más condições de trabalho. A informação é do presidente da Associação dos Oficiais Militares Estaduais de MS, (AOFMS), Alírio Villasanti, que falou em entrevista coletiva ontem.


"Realizaremos um ‘Dia de Alerta’ para o Governo do Estado, ou seja, em um período inicial de 12 horas, só atuaremos no exato limite de nossas atribuições preventivas e dentro das condições que nos são disponibilizadas pelo Estado", informou a associação em nota.


Segundo Vilassanti, uma única viatura funcionará por unidade. O protesto deve prejudicar a emissão de boletins de ocorrência e o atendimento aos acidentes de trânsito, por exemplo. O mesmo vale para o interior. Em Dourados, maior cidade do interior do Estado e pólo de segurança para uma extensa região, a paralisação, houve confirmação de que o ato não atingirá as ocorrências em caráter emergencial.


"Historicamente, a segurança pública nunca foi prioridade e infelizmente não conseguimos avançar nas negociações com o governo", disse Villasanti, ressaltando que a arrecadação estadual aumentou e que aguardam a reposição que não ocorre desde dezembro de 2014 e que soma 16%.


As declarações foram prestadas durante coletiva à imprensa na manhã de ontem quando representantes das associações de classe da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros criticaram o abono de R$ 200 concedido aos servidores estaduais, alegando que "abono não é aumento, tampouco reposição inflacionária".


Em Campo Grande a redução será de 30 viaturas de quatro rodas por período para sete. O número de motocicletas nas ruas terá redução de 50 para 10 unidades. Em Dourados, o comando não informou quantas viaturas param.


Ainda ontem, o secretário de Estado de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto de Assis, disse em nome do Governo do Estado que MS estava "preparado para a greve".


Para ele, a questão envolve "três sindicatos que não confiam no trabalho do Governo. Conversei com 48 sindicatos e associações que representam 40 mil servidores, dos quais 38 mil já aceitaram, com exceção dos subtenentes e sargentos da PM", explicou o secretário.

Comando-geral


Em nota, o Comando-Geral da PM alegou não reconhecer o movimento grevista e salientou medidas importantes tomadas recentemente para aumento no conforto dos trabalhos dos policiais em Mato Grosso do Sul.