Policia

Dirceu Longhi e esposa são indiciados por formação de quadrilha

1 ABR 2011 • POR • 21h09
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A Delegacia de Polícia Federal de Dourados encerrou, dia 22 de março, Inquérito Policial que resultou no indiciamento, por formação de quadrilha e cárcere privado, do vereador Dirceu Aparecido Longhi e da esposa Arlete Pereira de Souza.

Segundo nota oficial da Polícia Federal, investigações apontam que ambos foram os incentivadores e financiadores diretos da invasão ao prédio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), no final de 2009, quando, após meses de acampamento em frente ao órgão, indígenas invadiram o prédio e mantiveram diversos servidores como reféns.

De acordo com o apurado, a ordem para a invasão partiu de Dirceu e Arlete, que pretendiam forçar a saída da então administradora da Funai, Margarida Nicoletti, e assumir a adminsitração regional da FUNAI em Dourados, com o fim de utilizá-la em benefício da então candidatura de Dirceu a Deputado Estadual. Ambos foram indiciados por infração aos artigos 148 e 288, do Código Penal. O inquérito foi relatado e encaminhado ao Ministério Público Federal de Dourados
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O vereador Dirceu Longhi se defende revelando que ele e sua esposa não tem envolvimento com a invasão. O parlamentar acredita que o indiciamento deva ter sido feito com base no depoimento de alguns indígenas, que tentaram lhe prejudicar. “Teve um grupo de índios na época que pediram dinheiro e emprego, mas não foram atendidos”, disse o vereador.

Devido a recusa, Dirceu acredita que eles tentaram o chantagear, argumento na PF que a invasão na Funai teria sido financiada pelo parlamentar. Dirceu e Arlete prestaram depoimento aos federais no final do ano passado. Agora, o casal espera receber a intimação para dar novos esclarecimentos. “Vou questionar à PF para ouvir outros índios, checar esse tipo de acusação que partiu somente de três ou quatro pessoas”, finaliza Dirceu, se dizendo ser vítima neste caso.