Traumas
18 MAI 2016 • POR • 06h00O vereador anunciou ontem no plenário da Câmara a sua pré-candidatura à sucessão do prefeito Alcides Bernal (PP). Ele discursou por cerca de 21 minutos para falar de suas pretensões e sonhos. Isso para a total alegria de adversários em potencial como Rose Modesto (PSDB) e Marquinhos Trad (PSD).
##### Fila
O PMDB deve preencher a maioria dos cargos federais em Mato Grosso do Sul. Mesmo com Michel Temer (PMDB-SP) sendo presidente interino do Brasil, o partido vai querer expurgar todos os petistas que estão ocupando as vagas há tempos, para abrigar os correligionários, ávidos pela boquinha. E assim, vai se tocando as instituições pelo país afora olhando apenas a filiação do candidato à sigla que está no poder.
Escolaridade e competência para exercer a função se tornam mera formalidade e, mesmo assim, quando são exigidas.
##### Caos
Enquanto a população assistia estarrecida à reportagem sobre a falta de leitos na UTI da Santa Casa, a imprensa da Capital repercutia o tamanho do roubo do dinheiro público descoberto por uma investigação conjunta da Polícia Federal, CGU e Receita Federal. Denominada de Lama Asfáltica, a operação não só descobriu o desvio como também prendeu parte dos suspeitos do roubo.
O dinheiro que foi desviado até o momento da investigação daria para construir não só leitos, mas hospitais inteiros. O que se espera é que tudo que foi desviado volte corrigido com juros e correção monetária.
##### Língua solta
Nem o presidente interino do país deixou de ser citado na entrevista do ex-senador sul-mato-grossense, Delcídio do Amaral (sem partido), ao programa Roda Vida, da TV Cultura. Temer e mais outras proeminentes figuras do Congresso Nacional, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foram colocadas no mesmo balaio em que estão outras dezenas de políticos.
Cabe agora à Procuradoria Geral da República pedir ao STF que investigue se há veracidade nas acusações de Delcídio. Já que o Brasil está sendo passado a limpo, que nada fique sem esclarecimento.
##### Consciência
Superlotação, falta de leitos e a situação financeira têm agravado a crise nos serviços oferecidos pela Santa Casa de Campo Grande, conforme atesta a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade mantenedora e responsável pela gestão do hospital.
Para ajudar a minimizar os problemas, os deputados estaduais destinaram R$ 1 milhão em emendas parlamentares. A verba será liberada nesta quinta-feira.