SUS

Após polêmica, ministro da Saúde nega fim do SUS

17 MAI 2016 • POR • 13h07
Ministro da Saúde, Ricardo Barros, nega fim do SUS. - Foto: Divulgação
Após polêmica envolvendo o possível fim do SUS (Sistema Único de Saúde), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, voltou atrás e afirmou um compromisso com a continuidade do programa.

O posicionamento de Barros foi dado na manhã desta terça-feira (17) durante um encontro de especialistas sobre a situação da malária no País, que ocorreu em Brasília (DF).

— O SUS é uma cláusula da constituição, um direito garantido, que prevê saúde universal, para toda a população. Eu não tenho nenhuma pretensão de redimensioná-lo O que nós precisamos é capacidade de financiamento para atender suas demandas. Agora, só conseguiremos isso, espaço fiscal para a saúde, se nós conseguirmos repactuar os gastos que estão sendo excessivos na previdência.

Segundo nota emitida pelo Ministério da Saúde, atualmente, a previdência consome 50% da arrecadação federal, comprometendo as demais áreas sociais.

De acordo com Barros, R$ 118 bilhões aprovados pelo Congresso Nacional para a saúde, R$ 5,5 bilhões foram contingenciados pelo governo anterior.

— Minha tarefa agora é buscar recompor esse valor junto ao Planejamento.

A equipe econômica do governo federal está descutindo a possibilidade de repacutar a previdência.

— Há um momento em que isso precisará ser resolvido. É uma das prioridades do presidente Michel Temer, sem que nenhum dos direitos adquiridos seja atingidos. Esse assunto será tratado pela área econômica.

A falta de equilíbrio fiscal no país impacta diretamente o financiamento da SUS e outras áreas sociais.

— Sabemos das dificuldades de financiamento do SUS, que tem funcionado com os recursos disponíveis, atendendo ao máximo de pessoas com as melhores condições possíveis. Não espero ter ampliação de recursos, mas vamos buscar o que já está autorizado.