DILMA ROUSSEFF

Dilma perdeu o controle dos gastos públicos

11 MAI 2016 • POR • 10h28
A presidente Dilma Rousseff não conseguiu corrigir no segundo mandato os erros de seu primeiro governo. - Foto: Divulgação
A popularidade de Dilma Rousseff despencou após o início da crise econômica. Por trás da alta da inflação e da queda nos empregos, porém, estão medidas tomadas pela presidente antes do início do segundo mandato.

Durante sua primeira gestão, Dilma teve de enfrentar a baixa no preço das commodities, que sustentavam a economia brasileira: os preços de matérias-primas como soja, ferro e petróleo caíram em média cerca de 20% entre 2010 e 2015.

Para enfrentar o problema, causado sobretudo pela crise mundial de 2008, a presidente apostou suas fichas em realizar as chamadas desonerações fiscais — ou seja, a redução de impostos para parte da indústria. Além disso, o governo segurou preços públicos, como o da gasolina e da energia.

Com isso, as contas do Brasil, que estavam no azul desde 1997, passaram a fechar no vermelho. Em 2014, as despesas do governo superaram as receitas em R$ 17,2 bilhões, enquanto o PIB avançou apenas 0,1%.

O chamado ajuste fiscal, então, parecia ser a única solução para que a economia brasileira voltasse a crescer. E a geração de empregos, que andava pequena, fosse retomada.

Dilma, porém, não conseguiu apoio do Congresso para realizar as reformas que corrigiriam os erros do primeiro mandato.

A situação do País, então, degringolou. As principais agências de risco do mundo rebaixaram a nota brasileira, retirando o selo de bom pagador. E, no final de 2015, ano em que as contas deveriam ser ajustadas, o déficit foi cinco vezes maior que o do ano anterior: R$ 115 bilhões. O PIB caiu 3,8%.