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Oposição dá ultimato para presidente deixar o poder na Costa do Marfim

31 MAR 2011 • POR • 18h35
Militantes pró-Gbagbo se armam nas ruas de Abidjan enquanto tropas ligadas ao presidente reconhecido pela comunidade internacional Alassane Ouattara se aproximam da capital marfinense, nesta quinta - Foto: Jean-Philippe Ksiazek / AFP
O presidente em fim de mandato da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, tem até as 19h (local e GMT, 16h de Brasília) para renunciar, disse Guillaume Soro, primeiro-ministro do presidente eleito reconhecido internacionalmente Alassane Ouattara.

A Casa Branca também pediu que Gbagbo deixe o poder.

Ouattara afirmou mais cedo nesta quinta, em um discurso, que suas forças estavam prestes a entrar em Abidjan, principal cidade do país, depois de quatro dias de combates contra os militares leais a Gbagbo.

Testemunhas afirma que as forças armadas de Ouattara se encontravam a cerca de 100 km a leste de Abidjan, perto da fronteira com Gana.

Disparos de armas pesadas foram ouvidos em Abidjan, perto de um importante campamento militar fiel a Gbagbo, constatou um jornalista da agências de notícias France Presse.

O acampamento, um dos mais importantes do país, fica no bairro de Adjameh, perto de Abobo, reduto dos partidários de Alassane Ouattara, reconhecido como presidente pela comunidade internacional, que enfrentam os militares das Forças de Defesa e de Segurança (FDS), fiéis a Gbagbo.

O acampamento também controla o acesso ao bairro del Plateau (centro), onde fica o palácio presidencial. As ruas do bairro estavam praticamente desertas nesta quinta-feira e apenas militares leais a Gbagbo patrulhavam a área.

De acordo com um dos habitantes da região, os combatentes pró-Ouattara fizeram uma missão de reconhecimento na quarta-feira à noite.

Além disso, os detentos do maior presídio da Costa do Marfim (MACA), em Abidjan, foram libertados nesta quinta-feira.

A libertação dos presos foi confirmada por várias testemunhas, mas nenhuma outra explicação foi dada.

Forças da ONU tomaram o controle do aeroporto de Abidjan, segundo várias fontes. Não há mais presença de autoridades locais no país. (G1)