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Contratações do PAC deverão ser feitas pelo Sine

31 MAR 2011 • POR • 16h15
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho reúne-se com representantes das centrais sindicais, construtoras para debater os problemas trabalhistas nas obras do PAC - Foto: Valter Campanato/ ABr
Após reunião do governo federal com centrais sindicais e construtoras, no Palácio do Planalto, sindicalistas afirmaram nesta quinta-feira (31) que o Sistema Nacional de Emprego (Sine), órgão do Ministério do Trabalho, deverá assumir as contratações dos trabalhadores em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

De acordo com o vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, há consenso de que é preciso eliminar a figura dos “gatos”, empresas que terceirizam, muitas vezes de forma irregular, a contratação de funcionários.

“Há consenso sobre o sistema de contratação de funcionários, com a eliminação do gato. O Sine, provavelmente, será o órgão responsável pela contratação. É preciso apenas avaliar questões de infraestrutura”, disse Torres.

Nas últimas semanas, obras do PAC foram paralisadas, como a construção das hidrelétricas de Jirau, em Porto Velho, e de Santo Antonio, no Rio Madeira. Segundo as centrais e as construtoras, cerca de 80 mil trabalhadores de obras do PAC em quatro estados estão parados. Eles reivindicam maiores salários, qualidade no transporte e melhores condições de trabalho. Há 22 mil trabalhadores parados em Jirau, 16 mil em Santo Antonio, 34 mil na Petroquímica de Suape, 7 mil em obras na Bahia e 3 mil em uma obra do PAC no Mato Grosso do Sul.

Jirau e Santo Antonio
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, continua reunido com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e com representantes de construtoras para tratar das paralisações em Jirau e Santo Antonio.

Os operários que trabalham na construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antonio, em Rondônia, não retornaram ao trabalho nesta semana, como previsto. A Justiça do Trabalho de Rondônia tinha determinado, na sexta-feira (25), que os funcionários voltassem às atividades.

De acordo com o secretário de Relações de Trabalho da CUT, Messias Melo, a central irá recorrer da decisão da Justiça. “Não haverá volta ao trabalho sem melhoria das condições. Vamos recorrer”, afirmou. (G1)