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'Vocês não ficarão entediados', promete baterista do The Drums

31 MAR 2011 • POR • 16h20
O grupo de NY The Drums: Connor Hanwick está à direita - Foto: Divulgação
Todo final de ano, a imprensa musical, em especial a britânica, gosta de prever os novos artistas que farão sucesso durante os próximos 365 dias. Em 2009, um nome foi unânime na lista de publicações como “NME” e “BBC”: The Drums.

E o público paulistano poderá comprovar nesta quinta-feira (31) se vale a pena ou não acreditar no hype: o grupo de indie rock faz uma única apresentação no país, no Studio Emme.

“Vocês não ficarão entediados, tomando um drinque no bar. Tentamos sempre fazer um bom show, é um saco alguém pagar para nos ver e ficar bebendo depois”, ri Connor Hanwick, em entrevista ao G1 por telefone.

O baterista do The Drums (“sim, todo mundo faz piada disso”) explica que “tudo mudou” na vida da banda de um ano para cá. O grupo liderado por Jonathan Pierce lançou um elogiado álbum pela Universal, fez turnês mundiais, perdeu um guitarrista e emplacou uma lista de singles nas paradas britânicas e americanas.

O som do grupo, cujas melodias dançantes bebem na fonte dos Smiths, Joy Division e The Wake, também se destaca pelas letras simples, pegajosas e - por que não? - quase infantis. “Best friend”, por exemplo, começa com “você era meu melhor amigo, mas daí você morreu. Quando eu tinha 23 você tinha 25, como vou poder sobreviver?”

Hanwick explica que essa característica do grupo é uma constante busca pela simplicidade. “Tentamos não soar muito como nossas influências. Nos preocupamos muito em trabalhar sempre com a estrutura de uma música pop”, aponta.

Uma curiosidade em relação ao The Drums é que eles são de Nova York, embora muitos acreditem que sejam britânicos ou da Califórnia – quem manda escreverem sobre o mar e a praia, caso do hit de verão “Let’s go surfing” e de “I felt stupid”?

“Tem sempre alguém que confunde. Tudo bem, mas incomoda um pouco. Gostamos de fazer música sobre se divertir e por isso pensam que somos da Califórnia. Ou só porque temos muitas influências de bandas de Glasgow e Manchester acreditam que somos do Reino Unido. Eu não seria de lugar algum fora Nova York”, comenta ele, que dá de ombros quando perguntado sobre o impacto dos Strokes na cena indie (e pop) da Big Apple da última década para cá.

“Os Strokes são uma banda incrível, não sei que tipo de mudança eles fizeram. Há muitas boas bandas em Nova York agora mesmo, as pessoas daqui se interessam muito por algo novo. Os Strokes serviram para trazer um ar novo naquela época, mas isso é constante em Nova York. Nas próximas semanas mesmo vamos fazer quatro shows com novas bandas daqui, como o Big Troubles”.

Sobre a primeira apresentação no Brasil, Hanwick comenta que não é tradição do The Drums tocar covers ou apresentar músicas novas. O set list inteiro será baseado no único álbum da banda de Brooklin.

“Tentamos sempre fazer o nosso melhor ao vivo, ficamos felizes de estar no palco. É muito legal quando vamos a um outro país e alguém paga para nos assistir. Ter isso no Brasil só comprovará como nossa vida realmente mudou de um ano para cá”.

#####The Drums no Brasil

Quando: 31 de março, a partir das 21h

Onde: Estúdio Emme - Rua Pedroso de Moraes, 1036

Quanto: R$ 120

Ingressos: www.livepass.com.br e 4003-1527

(G1)