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CPI do Genocídio convoca procuradores de MS

5 MAI 2016 • POR Do Progresso • 14h02
Pela primeira vez, três membros do Ministério Público Federal que atuam diretamente com a temática indígena no estado irão depor perante a CPI do Genocídio - AL/MS
Pela primeira vez, três membros do Ministério Público Federal que atuam diretamente com a temática indígena no estado irão depor perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Ação/Omissão do Estado de MS nos Casos de Violência Praticados Contra os Povos Indígenas, chamada de CPI do Genocídio.Os depoimentos estão marcados para o início da tarde, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul..

Os procuradores da República Emerson Kalif Siqueira, Marco Antonio Delfino de Almeida e Ricardo Pael Ardenghi, são responsáveis pela representação judicial e atendimento das demandas da população indígena do estado. A CPI do Genocídio é presidida pelo deputado João Grandão, sendo a vice-presidente Mara Caseiro. Fazem parte ainda os deputados Paulo Corrêa, Antonieta Amorim e Professor Rinaldo.

Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do Brasil, cerca de 70 mil pessoas. São cerca de 40 mil indígenas da etnia guarani-kaiowá. Confinados em pequenas reservas e acampamentos de beira de estrada, eles enfrentam os maiores índices de violência do país.

Os indígenas foram expulsos de suas áreas de origem entre o fim do século XIX e meados do século XX, para a colonização do estado, e confinados em pequenas áreas que não permitiam sua organização social. A partir de 1988, com a promulgação da Constituição Federal, que garantiu a posse indígena sobre as áreas tradicionais, houve um fortalecimento do movimento indígena no estado. A Constituição também determinou que o Ministério Público Federal é o defensor dos direitos dos povos indígenas.