ZIKA

Vacinas da dengue e do zika são prioridades

28 ABR 2016 • POR • 10h21
Diretor do Butantan cobrou recentemente verbas para pesquisas. - Foto: Divulgação
O imunologista Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan, acompanha com apreensão a crise política no Brasil, mas baixou o tom em relação à cobranças por repasses do Ministério da Saúde, dizendo que o órgão tem cumprido suas obrigações.

Recentemente, ele cobrou o recebimento de R$ 300 milhões relativos à última fase de testes da vacina contra a dengue, além de R$ 30 milhões para início das pesquisas da vacina contra zika, que poderá estar disponível em 2019. Neste momento, ele diz que as pesquisas sobre estas duas vacinas são as prioridades do Instituto.

Ao R7, Kalil afirmou que a vacina contra a dengue deverá estar disponível a partir da metade de 2017. E comparou as atuais epidemias, de dengue e zika, à de febre amarela, que assolou o Brasil no início do século 20 e que foi controlada, com o tempo, por meio de campanha de vacinação iniciada pelo médico Oswaldo Cruz.

"O Butantan tem muitas linhas de atuação com um grande número de pessoas trabalhando. Diria que as questões mais prementes são terminar o estudo de fase 3 da vacina contra dengue e trazermos uma solução plausível para a zika, ou seja, algum anticorpo para o tratamento ou uma vacina que pudesse imunizar sobretudo as mulheres com idade de dar à luz", diz Jorge Kalil ao site do R7.

Jorge também respondeu que atualmente, o trabalho é focado na Zika, para que logo o problema seja exterminado.

Em relação ao atual problema,ele respondeu: "Infelizmente vivemos um momento parecido com o do início do século 20, porque são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e que não têm vacina, como não tinha naquele tempo (início do século 20). Acreditamos que no momento em que conseguirmos desenvolver uma vacina e com controle do vetor, que está cada vez mais difícil, iremos debelar o problema".