Estadual

Sete segura o Galo, empata em 0 a 0 e decide no Douradão

18 ABR 2016 • POR • 06h00
Lance da partida em Campo Grande que terminou empatada em 0 a 0 pelo jogo de ida das semifinais. - Foto: Divulgação
Este foi o quinto jogo da história entre Sete de Setembro de Dourados e Operário de Campo Grande e o primeiro empate. Para o time de Dourados, não poderia ter saído em melhor hora. O resultado em 0 a 0 na partida disputada no Jaques da Luz no jogo de ida das semifinais do Campeonato Sul-Mato-Grossense deu a equipe douradense grande vantagem, já que um empate no Douradão dá a vaga ao Sete.


O time de Dourados esteve em Campo Grande e sofreu grande pressão da equipe da casa no primeiro tempo, mas também enfrentou um campo reduzido e gramado ruim. No entanto, se postou muito bem com a zaga e esteve bem no segundo tempo, mesmo com um jogador a menos por um bom período. Foi do Sete a melhor oportunidade do jogo, quando Fagner, cara a cara com o goleiro França, desperdiçou grande chance.
Ao fim do jogo, jogadores de ambas as equipes comemoraram o fato de jogar a próxima partida no que chamaram de um campo bom, com gramado bom.


O jogador Fábio, do Operário, falou à reportagem da Grande FM que no Douradão, com mais espaço e campo melhor, o Galo vai se recuperar. "Tivemos um jogador a mais durante boa parte do jogo. Não é mau resultado, mas em outro campo, com mais espaço será melhor", disse. O companheiro dele, Diogo, engrossou o coro. "Agora o nível do campo muda. Teremos um melhor gramado", disse.


O zagueiro Bruno, mais uma vez destaque do Sete na zaga, falou sobre a partida e o adversário. "Grande jogo aqui hoje e a equipe que enfrentamos é qualificada. Temos mais noventa minutos para nos classificar", disse.


Eduardo Arroz, sempre crítico e com visão da partida falou sobre a postura do Sete, mas foi o convite ao torcedor que chamou a atenção. "Não fizemos uma grande partida como já tivemos, mas fomos muito bem no geral, diante das circunstâncias. No final, a oportunidade veio e não fizemos. O campo é apertado e o gramado ruim. Semana que vem tem mais e espero que o torcedor douradense compareça, aqueles torcedores que torcem por Dourados, da região, de Itaporã. Vamos prestigiar", disse.


O técnico Chiquinho Lima falou do jogo competitivo. "Tivemos um pouco de desorganização no começo, no primeiro tempo, no encaixe da marcação, mas sofremos uma bola que o Fernando defendeu. No segundo tempo, conseguimos neutralizar os principais jogadores deles e até criamos oportunidade. Poderíamos sair com vitória, tivemos um bom jogo, mas ainda temos que ter humildade e melhorar para o jogo do próximo domingo", disse.


Chiquinho elogiou a postura dos jogadores do Sete. "Jogo importante, porque os jogadores foram aguerridos e competitivos. Estamos a noventa minutos da final. Decisão está aberta", finalizou. O jogo de volta é no próximo domingo às 17h, no estádio Douradão. No Jaques da Luz, estavam presentes 573 pessoas. Em Corumbá, Comercial e Corumbaense também empataram em 0 a 0. O segundo jogo será em Campo Grande, domingo, às 15h.

O jogo


Durante todo o primeiro tempo, o técnico e reservas do Operário pressionavam muito o auxiliar de arbitragem e o árbitro da partida no clima de semifinal.


Em campo, investidas do Operário que eram neutralizadas pela defesa do Sete. No ataque, o time não conseguia segurar a bola e criar jogadas que levassem perigo.


O time de Dourados só chegou no finalzinho da partida e com polêmica. Maranhão correu com a bola e ao cruzar para o centro da área o jogador do Operário Anderson Paulista meteu a mão na bola para interceptar o cruzamento e a arbitragem não marcou nada.


A dificuldade em segurar a bola na frente foi mencionada pelo atacante Fagner na saída para o intervalo. Para o segundo tempo, Chiquinho mexeu no time tirando o atacante Maranhão e colocando Peo.


E a postura do Sete mudou. O segundo tempo tinha o ‘acréscimo’ do cansaço da equipe do Operário.
Foi quando, aos 24 minutos, o goleiro Fernando Hilário tocou a bola fora da área e acabou expulso com a aplicação do segundo cartão amarelo. No primeiro tempo, o guarda-metas havia reclamado e tomado o primeiro cartão.


O Operário ainda teve, aos 31 minutos, um gol anulado. O jogador Kaique estava em impedimento. A partir dos 35 minutos, o time do Operário foi de vez para cima, aproveitando estar com um jogador a mais.
A pressão extra não durou muito e, aos 38 minutos, Luiz Jorge deu um soco em Renato, lateral do Sete, recebeu o cartão vermelho direto e foi expulso.


Então, para fechar as emoções da partida, aos 44 minutos, o atacante Fagner ganhou na corrida do zagueiro operariano e na hora de concluir, o goleiro França acabou defendendo. A melhor oportunidade de gol de todo jogo. Fim de partida 0 a 0.