Cruz Vermelha exige ter acesso a feridos na Líbia em guerra
24 MAR 2011 • POR • 17h35\"Não há pausa para os civis que vivem nas zonas de combate na Líbia. Além dos ataques aéreos das forças internacionais, violentos confrontos são registrados entre as forças do governo e a oposição armada em diferentes locais\", explica o CICV em um comunicado.
\"Não sabemos como fazem os civis nos locais afetados pelas hostilidades\", afirmou o chefe da missão do CICV, Simon Brooks, citado no
comunicado.
\"É motivo de grande preocupação para nós. Recebemos informações alarmantes de cidades como Ajdabiya e Misrata, onde os combates são fortes há semanas\", acrescentou.
O CICV considera que as necessidades aumentam a cada dia em meio à ofensiva das forças leais ao ditador Muammar Kadhafi contra os rebeldes em Misrata, a leste de Trípoli, e depois dos ataques de quarta-feira da coalizão internacional contra as tropas em terra do coronel Kadhafi nessa cidade.
A organização, presente em Benghazi (bastião da rebelião contra o líder líbio no leste), lamenta não ter acesso a grande parte do país.
\"As organizações humanitárias precisam de acesso às regiões afetadas pelo conflito. Além disso, equipes médicas e ambulâncias devem ser autorizadas a atender os feridos\", exortou o CICV.
A Cruz Vermelha pede também todas as partes envolvidas nos combates que facilitem o mais rápido possível a distribuição da ajuda humanitária.