Mobilidade Urbana

Plano de Mobilidade aponta 42 trechos críticos de Dourados

29 MAR 2016 • POR • 16h18
O Plano de Mobilidade Urbana apontou 42 trechos mais críticos de Dourados. Nestes locais são avaliados mais de 20 itens relacionados ao tema, como, por exemplo, a falta de calçadas para pedestres. Nesta situação o local que menos recebeu nota foi o trecho entre a BR 376 e BR 163. De 10 a zero, a pontuação alcançada por este trecho foi de apenas 1,38. O plano avalia ainda que o local pode apresentar grandes problemas e até mesmo riscos de acidentes nos próximos 5 e 10 anos. O estudo analisou o comportamento e perfil de pedestres, ciclistas e motoristas para apontar um diagnóstico dos principais entraves.


Nesta quarta-feira, a partir das 8h a empresa contratada para elaborar o plano, fará apresentação do diagnóstico em audiência pública. O encontro vai acontecer no auditório do Centro Administrativo Municipal e está aberto para a população, que poderá contribuir com sugestões.


O presidente do Fórum de Mobilidade de Dourados, Franz Mendes, disse ao O PROGRESSO que o estudo também detectou que 78% das pessoas que passam pelo centro de Dourados não tem esta área como destino final. "As pessoas estão passando pela área comercial apenas para chegar em outros bairros. A questão é que se reorganizado o trânsito, elas poderiam passar por outra rota e evitar os congestionamentos em horários de picos", alerta.


Ele também defende que Dourados precisa trabalhar com três grandes planos para, de fato, conseguir melhorar o trânsito da cidade. "O primeiro é o plano Diretor, que desde 2003 não é atualizado e não permite novas mudanças, que podem ser sugeridas no Plano de Mobilidade Urbana e no plano de Transporte Coletivo. Dourados já está até perdendo investimentos por não ter o plano de mobilidade", destaca.
Franz destaca ainda que há um questionário na Prefeitura de Dourados em que a população pode se manifestar e sugerir melhorias. "Até agora houve participação mais efetiva de ciclistas que preencheram 67 formulários. O ideal é que mais grupos se manifestem", destaca.

#### Sem recursos


Em Mato Grosso do Sul, apenas Campo Grande apresentou projetos para a captação de recursos, ano passado, de Mobilidade Urbana. O prazo vence sempre em abril. A informação é do secretário nacional de mobilidade urbana do Ministério das cidades, Dario Rais, que esteve em Dourados no Seminário de Mobilidade Urbana – A Dourados que Queremos", realizado em junho de 2015 pelo deputado federal Geraldo Resende.
Segundo Dario, as cidades ficaram fora porque as prefeituras não enviaram o plano. O secretário nacional também explica que o orçamento total disponível no Programa é de R$ 140 bilhões. "Campo Grande preferiu apresentar um projeto mais modesto e receberá pouco mais de R$ 70 milhões. As cidades podem ousar porque tudo será analisado pelos nossos técnicos e o montante para cada cidade dependerá da qualidade do projeto", destacou na época.