POLITICA

Não há para onde fugir: operador do petrolão é preso em Portugal

22 MAR 2016 • POR Leonel Jonas Do Progresso • 10h46
Autoridades portuguesas prendem Raul Schmidt Felippe Júnior em Lisboa
Além de utilizar todos os instrumentos jurídicos possíveis no desbaratamento da maior e mais perigosa quadrilha que o país já conhece, a Operação Lava-Jato vai mostrando como utilizar instrumentos internacionais de cooperação jurídica. Foi fazendo uso de um destes instrumentos que a 25ª Fase da Operação, batizada de Polimento pelas próprias autoridades portuguesas, prendeu o operador Raul Schmidt Felippe Júnior em Lisboa, capital de Portugal. Felippe Júnior estava foragido desde 2015. As informações são do repórter Gabriel Mascarenhas da Folha de São Paulo.

Ele foi encontrado em seu apartamento, em uma área nobre da capital portuguesa. O imóvel é avaliado em 3 milhões de euros, o equivalente à R$ 12,4 milhões. Felippe Júnior é acusado de pagamento de propinas aos diretores da Petrobras, Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró. Os três continuam presos. Cerveró fechou acordo de delação premiada.

Raul Schmidt Felippe Júnior vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de artes. O MPF aponta que em seu papel de operador do Petrolão, Felippe Júnior também atuou como "preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras".

Felippe Júnior sofrerá processo de extradição em Portugal e então será enviado ao Brasil para responder pelos crimes.