PICHADORES

Estratégia da polícia não inibe ação de pichadores na Capital

21 MAR 2016 • POR • 10h09
Prédio recém pichado em Campo Grande, dias após ser pintado novamente. Foto: Divulgação
Há um ano, a Polícia Civil apertou o cerco contra os pichadores de Campo Grande, alterando a forma de combate a esta contravenção, cuja pena não passa de 1 ano de prisão simples. Uma ampla investigação, em que os pichadores poderiam ser enquadrados em associação para o crime, cuja pena chega a três anos de prisão, ainda não apresentou novos resultados.

Quem é flagrado pichando é levado a uma delegacia, para assinar um termo de circunstanciado de ocorrência; posteriormente, é liberado, para responder pela contravenção em um juizado criminal. Esta é a maior dificuldade em combater a quadrilha de pichadores, mesmo com a estratégia da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat), de tentar enquadrá-los em associação para o crime. Outro agravante é o fato de muitos dos pichadores serem adolescentes. Quase todos eles, depois de detidos, voltam para casa facilmente.

O titular da Decat, Wilton Vilas Boas de Paula, disse que na investigação a qual abrangem vários grupos, aproximadamente 15 pessoas, outro tipo de pena pode ser aplicada. "Estamos monitorando estas pessoas que insistem em agir desta forma. Fizemos uma investigação há dois anos, estas pessoas eram adolescentes e, hoje, são maiores de idade e continuam. Agora, mudamos a estratégia e montamos um inquérito para investigar todos de uma só vez; assim, vamos conseguir fechar o cerco, e a penalidade deverá ser maior."

Fonte: Correio do Estado