Policia

PF investiga conflito indígena em Dourados

14 MAR 2016 • POR • 09h06
Primeira ocupação de terra ocorreu em uma área de loteamento no bairro Monte Carlo. - Foto: Cido Costa
A Polícia Federal de Dourados está investigando denúncias de conflito na fazenda Cristal, área em que indígenas estariam tentando ocupar. Eles afirmam que foram expulsos por pessoas ligadas aos produtores quando tentavam ocupar o local. Também denunciam disparo de arma de fogo. Ontem a tarde a Polícia Federal e a Polícia Militar estiveram no local. Algumas testemunhas tanto indígenas como produtores foram até a Delegacia da PF para relatar o que de fato ocorreu no local. Um veículo de um produtor teria sido atingido por disparos.


O delegado da Polícia Federal Marcel Maranhão disse que a atuação das forças policiais ocorreram no sentido de averiguar as denúncias queainda não foram confirmadas.


O coronel da Polícia Militar, Carlos Silva, disse que a PM esteve no local para dar apoio a PF e que no local, após a chegada dos policiais e que o clima tenso foi amenizado com a chegada das forças policiais.

Conflito


A situação entre indios e pequenos produtores ficou mais tensa depois que um indígena foi ferido a tiros no sábado (12). A polícia investiga se o fato ocorreu durante ocupação de uma fazenda, localizada entre a Reserva Indígena de Dourados e a cidade de Itaporã.


A Polícia Militar de Dourados confirma que recebeu ligação de denúncia sobre a invasão de terra, no sentido Dourados-Itaporã, e que um indígena, ainda não identificado, teria sido ferido a tiros. Ele foi encaminhado ainda naquela tarde ao Hospital da Vida de Dourados e segundo informações, não corre risco de morte.

Ocupações


A ocupação de terras vizinhas a Reserva vem aumentando. Há quase um mês os indígenas acamparam barracas em uma área de loteamento imobiliário, ao lado do bairro Monte Carlo, vizinho a aldeia Bororó.
Depois ocuparam sítios também nas imediações da aldeia Bororó, na área urbana de Dourados.


Desta vez a ocupação ocorreu numa fazenda um pouco mais distante dos locais já ocupados, porém também vizinha a Reserva.


Além de ter a propriedade ocupada, as famílias ainda precisam pagar para ter o direito de ingressar na Justiça assegurado. Isto porque, segundo os moradores, apesar de conseguirem registrar o Boletim de Ocorrência, eles vão ter que pagar um advogado particular para cobrar os direitos.