Saúde

Sinais do Alzheimer podem ser percebidos

9 MAR 2016 • POR Do Progresso • 09h12
Esquecer palavras e se perder podem ser outros sintomas de Alzheimer. O geriatra do ambulatório de demências do HC/UFPR, Mauro Piovezan, o professor de geriatria da UFPR, Vitor Pintarelli, e a fisioterapeuta e vice-presidente da Associação Brasileira de Alzheimer, Patrícia Novo, explicam que as pessoas devem ficar atentas quando alguém do seu convívio passa a ter os seguintes sinais da doença neurológica que atinge mais de um milhão de brasileiros:

Sintomas


Se perder - A pessoa se perde na rua ou em espaços conhecidos como sair de casa e não saber voltar.
Não se lembra - Guarda objetos e não lembra onde colocou.


Memória recente - Lembra o que aconteceu há 40 anos, mas não recorda situações do dia ou semana anterior.
Como usa? - Esquece como usar aparelhos que usa todo dia. Perde senhas.


Confusão mental - Tem confusões frequentes, separadas por dias ou semanas. Sofre da síndrome do crepúsculo, com medo do fim do dia, do anoitecer.


Não faz mais - Muda hábitos de forma negativa, como deixar de cozinhar, por exemplo, por não se lembrar como fazer.


Personalidade - Muda de personalidade, o que interfere nas atividades diárias. Apresenta alterações na linguagem, desaprende palavras e idiomas estrangeiros que conhecia, ou repete muito a mesma pergunta.


Fase avançada - Na fase mais avançada, a pessoa não consegue se vestir, ir ao banheiro e tomar banho sozinha.


Remédios - A cura do Alzheimer ainda não existe, e os pesquisadores também não sabem dizer como ou por que a doença aparece. Estudos têm se concentrado em reduzir os sintomas e tentar paralisar o avanço do mal que atinge mais de um milhão de brasileiros.


De acordo com o médico especialista em geriatria e gerontologia Rubens de Fraga Junior, as pesquisas não indicam muitas mudanças na progressão da doença até, pelo menos, 2025.


"Acompanho as pesquisas há 25 anos e não há perspectiva de cura. Os remédios que são lançados se voltam à qualidade de vida do paciente", diz ele, que também é do conselho consultivo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.