Saúde

Sapato com GPS monitora os passos de idosos com demência

9 MAR 2016 • POR • 09h11
Segundo os fabricantes, o localizador é associado a um dispositivo que envia notificações quando o idoso se afasta mais de 50, 100 ou 500 metros de casa, dependendo do número programado. - Foto: Divulgação
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde 47,5 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo. Deterioração da memória, do intelecto e da capacidade de realizar atividades cotidianas são as causas da demência, síndrome que atinge principalmente os idosos. Por isso a empresa japonesa Wish Hills, criou um sapato com GPS capaz de rastrear os passos de seu usuário. "Temos experiência na busca de doentes com demência perdidos, e sabemos que estes tipos de pessoas não utilizam telefones celulares e nem relógios, e sim sapatos. Por isso decidimos criar calçados com sistema de localização GPS", explicou um porta-voz da empresa.


Os sapatos chamados "GPS Dokodemo Shoes" possuem um localizador instalado no interior do pé esquerdo e permitem mostrar a posição do usuário em dispositivos como smartphones e computadores após inserir o número de identificação do terminal e uma senha. O localizador é associado a um dispositivo para o qual envia notificações quando o idoso se afasta mais de 50, 100 ou 500 metros de casa, dependendo do número programado, explicou a empresa. O sistema também mostra a posição do usuário em um mapa para que seja mais fácil iniciar sua procura, entre outras funções. Os sapatos custam 35 mil ienes (R$ 1 mil), e tem um custo de R$ 50,00 de manutenção para o programa de rastreamento.


A empresa norte-americana GTX Corp criou uma sola com GPS que pode ser adaptada a diversos sapatos e também tem como objetivo facilitar a vida de idosos com demência e Alzheimer. Segundo dados do World Alzheimer’s Report, até 2050 mais de 250 milhões de pessoas sofrerão com a doença, sendo que 60% deles vão se perder, pelo menos uma vez. A sola custa U$ 299,00 mais taxas, com uma manutenção de U$ 25,00 por mês, e pode ser comprada no site da GPS Smart Sole.

Atividades


Quanto menos atividades a pessoa com o Mal de Alzheimer fizer, maior poderá ser a evolução da doença. Embora seja uma doença limitante em alguns sentidos, alguns exercícios simples são possíveis e indicados, e que trarão resultados importantes para o cotidiano do paciente e do cuidador.


A lista publicada pelo site Reab.me, dedicado a diferentes abordagens sobre reabilitação, traz sugestões de atividades que fazem parte do dia a dia da pessoa com Alzheimer e outras que exigem poucas mudanças na rotina. Ana Leite, editora-chefe do Reab.me, terapeuta ocupacional, especialista em tecnologia assistiva e mestre em design e ergonomia, é a autora das sugestões, publicadas no site e que podem ser conferidas nesta edição, conforme lista abaixo:


1. Organizar/ordenar cartas ou cartões de datas festivas (Natal, aniversários);

2. Ler livros, histórias ou matérias de revista em voz alta;

3. Ler o jornal em voz alta (lendo a data completa para ajudar na orientação);

4. Pintar ou colorir imagens (não oferecer nada infantil);

5. Limpar a mesa após as refeições (com os devidos cuidados para manter a segurança);

6. Reproduzir músicas favoritas (desenhar, encenar, fazer mímica). 7. Dobrar toalhas ou roupas tiradas do varal;

8. Lembrar de grandes invenções, bons livros ou programas de TV;

9.Cortar bonecas de papel, borboletas ou outras formas (com os devidos cuidados para manter a segurança).

10.Montar um quebra-cabeça;