Meio ambiente

Piracema termina no domingo nos rios de Mato Grosso do Sul

26 FEV 2016 • POR • 09h09
Para garantir a fiscalização nos rios e cachoeiras, a polícia montou postos em Água Clara, Rochedo, Santa Rita do Pardo. - Foto: Divulgação
No próximo domingo (28), termina o período de defeso, conhecido como Piracema, em que fica proibida a pesca em todos os rios do Estado. Na calha do Rio Paraguai, já está liberada a modalidade pesque-solte, desde o dia 1º de fevereiro. No entanto, há rios em que a pesca não é permitida a qualquer tempo, independente da Piracema.


Segundo a PMA (Polícia Militar Ambiental), até o último dia de defeso, o pesque-solte está permitido apenas na calha do rio e não na bacia, ou seja, não se pode pescar nos afluentes, como rios Aquidauana, Miranda, Piquiri e São Lourenço.


O pesque-solte é um atrativo para turistas, que movimenta milhões todos os anos no município de Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande.


De cordo com o último balanço divulgado pela PMA/MS, em três meses de Piracema, foram apreendidos 452 quilos de pescado. Os policiais autuaram 30 pessoas e aplicaram multas que somam quase R$ 70 mil. O valor total de multas dobrou em relação ao ano anterior, passando de R$ 69.260 para R$ 33.940. Ocorre que vários infratores que foram autuados durante essa Piracema eram reincidentes, o que dobra o valor da multa.


Desde o início da operação, a quantidade de pescado apreendido caiu, mas o número de pessoas autuadas subiu. Dos 30 autuados, 22 foram presos em flagrante. Pessoas que conseguiram fugir foram identificadas e responderão pelo crime de pesca predatória, além de serem multados administrativamente, segundo a PMA. Não se pode pescar para consumo ou venda no Rio Negro, em trecho situado na confluência com o Córrego Lajeado, próximo à cidade de Rio Negro até o brejo existente no limite oeste da Fazenda Fazendinha, no município de Aquidauana.


Também só é permitido pesque-solte no Rio Perdido, em toda a extensão, que abrange os municípios de Bonito, Jardim, Caracol e Porto Murtinho e no Rio Abobral.

Fiscalização


A fiscalização tem 338 policiais, que ficam em 25 subunidades, em 18 municípios. Eles já trabalham desde o dia 1º de outubro, na operação pré-piracema. O objetivo é manter os peixes vivos nos rios para que possam se reproduzir.


Conforme a PMA, durante o defeso, os cardumes precisam que a água atinja uma vazão para que possam continuar a subida e por isso seguem para as corredeiras e cachoeiras. É aí que os peixes ficam vulneráveis e tornam-se presas fáceis para pescadores, que retirariam facilmente grandes quantidades usando petrechos proibidos de malha, como redes e tarrafas.


A polícia montou postos em cachoeiras de Água Clara, Rochedo, Santa Rita do Pardo, Aquidauana, Coxim, Miranda, Amambai e Porto Murtinho; além do Parque Estadual Várzeas do Ivinhema, em Jateí.


Como na operação anterior, nesta piracema, há fiscalização em Posto Itinerante, uma lancha de grande porte adquirida em parceria com o MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura). A fiscalização preventiva e repressiva ocorre, especialmente, na área de fronteira com o Paraguai e Bolívia, tanto no Rio Paraguai, como no Rio Apa.