Variedades

Tudo azul?

4 FEV 2016 • POR Do Progresso • 07h00
Diante da informação publicada na atenta de que mesmo estando isentos do estacionamentos no primeiro dia de fevereiro, as moças de azul do parquímetro ainda circulavam pelas ruas vendendo cartões e assim, cobrando pelo estacionamento, o diretor da Agetran Mito Gebara explicou o seguinte à coluna: “As moças foram vistas no dia primeiro porque o contrato com a atual empresa venceria no dia seguinte, ou seja, no dia 02 de fevereiro. Porém foi no dia primeiro que saiu a notícia de que em fevereiro não seria cobrado o estacionamento”.


##### Por cartões


Mas Mito Gebara aproveitou para informar que como o estacionamento é gratuito em fevereiro, as pessoas que tem botos devem se dirigir a sede da Agetran, que fica no andar superior do terminal rodoviário e trocá-los por cartões. Evidentemente que estes cartões não serão utilizados agora porque o estacionamento não vem sendo cobrado.

##### Atento ao prazo


Mas em comum acordo com a próxima empresa a explorar o estacionamento a partir de março, ficou certo que estes cartões irão valer até o dia 14 de abril deste ano. Mas segundo alerta Mito Gebara os condutores não devem perder o prazo para trocar os botons que vai até o dia 29 de fevereiro.

##### Qual horário?


A troca deve ser realizada no horário de expediente da Agetran, ou seja, das 7h30 as 13h30. Após esse prazo não adianta procurar a Agetran porque não será mais possível a troca. “Nòs estabelecemos este acordo com a nova empresa justamente para que nenhuma pessoa ficasse no prejuízo e a nova empresa acatou o pedido da Agetran, mas, peço que todos fiquem atentos ao prazo”, encerrou Mito Gebara.

##### Não sabia


A defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso em 25 de novembro do ano passado, por envolvimento na Operação Lava Jato, pediu ao Supremo Tribunal Federal a anulação da gravação usada como prova para justificar a prisão do parlamentar. Na petição, os advogados alegam que o áudio não é válido, por ter sido gravado pelo filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, sem que Delcídio tivesse conhecimento.

##### Nem mosquito


Evidente que se Delcídio soubesse que a conversa estava sendo gravada, jamais iria falar o que falou. Aliás, todos os investigados se ficam sabendo antes das gravações fecham a boca de uma tal maneira que nem mosquito da dengue entra.

##### Pelo silêncio


Em conversa com o filho de Cerveró Delcídio quis mostrar força e poder e demonstrou intimidade até mesmo com alguns ministros do STF e ofereceu até mesada pelo silencio de Cerveró.

##### Em conluio


Documento do Ministério Público Federal revela que o senador Delcídio Amaral (PT-MS), em conluio com o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, ofereceu pagamento de R$ 4 milhões ao advogado Edson Ribeiro, contratado pelo ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró, para que o investigado não firmasse acordo de delação premiada na Lava-Jato.

##### Não mencionar


A alternativa seria Cerveró assinar o acordo, mas não mencionar nem Delcídio ou Esteves nos depoimentos. A dupla teria oferecido R$ 50 mil a Bernardo Cerveró, filho do ex-executivo da estatal, em troca do silêncio do depoente.


##### E o restante?


O restante da família receberia a mesma quantia mensal como recompensa. O dinheiro para arcar com as propinas viria de Esteves, dono do banco BTG-Pactual.

##### Delação premiada


Segundo o Ministério Público, o advogado de Cerveró, mesmo depois da decisão de seu cliente de firmar o acordo de delação premiada, foi cooptado por Delcídio. Os R$ 4 milhões foram acertados por ser o mesmo valor que Ribeiro acertou como honorários com Cerveró.

##### Força-tarefa


Após a proposta, Bernardo Cerveró procurou a força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba para relatar a existência de pressões ao pai, que negociava a assinatura de um acordo de delação premiada.

##### Em vão


Os esforços de Delcídio, no entanto, foram em vão. Na delação premiada, Cerveró denunciou que o senador teria obtido vantagem nas operações da Petrobras da contratação de sondas e da compra da refinaria de Pasadena.

##### A fuga


Ainda segundo o Ministério Público Federal, Delcídio participou de reunião em que foi planejada a fuga de Cerveró para a Espanha, porque o investigado tem cidadania espanhola. O senador chegou a sugerir uma rota pelo Paraguai e também o tipo de avião que o transportaria até o país europeu.

##### Habeas corpus


Outro motivo que levou o ministro a mandar prender o senador foi o fato de que, em reunião com o advogado de Cerveró, Delcídio teria prometido que o STF libertaria o réu. Ele disse que há tinha conversado com Zavascki e com o ministro Dias Toffoli, presidente da Segunda Turma, sobre a concessão de habeas corpus. E prometeu que pediria ao vice-presidente Michel Temer e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que falassem com o ministro Gilmar Mendes sobre o tema.

##### Com Fachin


Delcídio também teria prometido conversar com o ministro Edson Fachin sobre a concessão de um habeas corpus ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, outro delator da Lava-Jato. A intenção era anular todas as investigações a respeito de Paulo Roberto sobre desvios da Petrobras.

##### Agente infiltrado


“Fica evidente que a reunião marcada por Bernardo Cerveró buscava trazer o senador para uma armadilha, engendrada por ele. Cabe rememorar que a atuação típica de um agente infiltrado exige prévia autorização judicial, não sendo possível que ela decorra de acordos entre o Ministério Público Federal e quem quer que seja”, argumentou a defesa. Além de Delcício do Amaral, continuam presos o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, e Edson Ribeiro. Todos cumprem prisão preventiva em Brasília.

##### Que frase!


“Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito, não somos o que deveríamos ser, não somos o que iremos ser, mas graças a Deus não somos o que éramos.” (Martin Luther King).