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Delcídio manda mudar endereço de escritório político na Capital

3 FEV 2016 • POR Do Progresso • 07h00
Delcídio tem esperanças de ser inocentado pela Justiça. - Foto: Divulgação
Mesmo preso em Brasília, acusado de operar para atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) nutre esperanças de ser inocentado pela Justiça por conta das supostas ilegalidades atribuídas a ele pela Polícia Federal.


Os sinais de que Delcídio espera contar com a benevolência da Justiça no caso das denúncias que recaem sobre ele na Lava-Jato, foram dados nas últimas horas por sua assessoria em Campo Grande.


Na última sexta-feira (29), colaboradores do escritório político da Capital do petista atuaram para transferir o endereço, antes localizado na Rua Antonio Maria Coelho. No local , o escritório funcionava há vários anos.
Agora o escritório passa a operar na Rua Alagoas, no Jardim dos Estados, região de classe média-alta de Campo Grande.


A justificativa dos assessores de Delcídio para a mudança é que o escritório precisaria contar com uma repaginada no visual. Informações do núcleo petista da Capital dariam conta, por outro lado, que o senador teria ordenado a troca de endereço para baratear o preço do aluguel do escritório.


Num outro flanco, porém, informações dão conta que a mudança ordenada por Delcídio seria para evitar ações de vândalos junto ao antigo imóvel, por conta do envolvimento do senador nas irregularidades da Lava-Jato.


Pedido de liberdade


A defesa de Delcídio ingressaria, anteontem, com uma nova petição junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar livrar o parlamentar da prisão, que já dura 70 dias.


Na petição que fará ao STF, a defesa de Delcídio vai pedir que a decisão monocrática do ministro Teori Zavaski, que levou o político à prisão, seja substituída por uma decisão de um colegiado do Supremo.


A defesa alega que não existe razão para o político ficar tanto tempo preso e que nem sequer foi apresentada denúncia formal ainda no Judiciário contra o senador.


Delcídio foi preso pela PF em dezembro, depois que uma escuta da PF descobriu que ele operava para tentar facilitar a fuga, para o exterior, do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, um dos principais delatores do petrolão.