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Temer deverá jogar “água fria” em movimento do PMDB em favor de Trad

1 FEV 2016 • POR • 09h21
Durante visita que fará a Mato Grosso do Sul, nos próximos dias, dentro do calendário que traçou para tentar se cacifar para ser reconduzido ao comando nacional do PMDB, o vice-presidente Michel Temer deverá dar uma espécie de “puxão de orelha” aos peemedebistas do estado que nutrem o desejo de apoiar a candidatura do ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) à prefeitura de Campo Grande.


Os eventuais alvos de Temer nessa direção devem ser o ex-governador André Puccinelli e o senador Waldemir Moka. Os dois, embora “jurem de pés juntos”, defender candidatura própria do PMDB na Capital, vez por outra disparam elogios rasgados ao projeto de Trad de tentar querer voltar ao comando de Campo Grande.


Puccinelli, inclusive, manteve pelo menos duas reuniões com Trad nos últimos dias para tratar de um possível apoio seu ao ex-prefeito, antigo apadrinhado político do ex-governador.


Cobrado em seguida aos encontros sobre o eventual apoio, Puccinelli negou que tenha acertado qualquer tipo de parceria com o hoje petebista.


Temer, por seu turno, já teria sido avisado dos movimentos, principalmente de Puccinelli, em direção a Trad. Diante disso, ele deve discursar na Capital sobre a necessidade de o PMDB vir a lançar candidatura própria na cidade, para que a legenda volte a comandar o município e, de quebra, se transforme em uma base forte de apoio à sua candidatura à Presidência da República em 2018.

Comando do país


Temer disse na quinta-feira (28) em Curitiba e em Florianópolis, onde deu início a um giro por várias capitais, para lançar sua campanha de recondução ao comando da sigla, que o PMDB “quer comandar o país a partir de 2018”.


“Nós não podemos ser apenas um partido que acusa ou vai em busca de cargos. Nós queremos comandar o país a partir de 2018 para implantarmos um programa”, afirmou Temer na Capital paranaense.


O vice também disse que a intenção do PMDB é lançar o máximo de candidatos próprios nas eleições municipais deste ano, para construir uma candidatura à Presidência em 2018. Segundo ele, “as eleições de 2018 passam pela disputa de 2016”.


De Curitiba, o vice-presidente seguiu para a cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, onde foi recebido na Assembleia Legislativa do Estado por lideranças peemedebistas. Temer voltou a ressaltar a intenção do PMDB em ter candidatura própria nas próximas eleições presidenciais.


“Temos extraordinário poder político. Maioria de governadores, prefeitos, vereadores, presidência da Câmara e do Senado. Está na hora de o PMDB expor as suas intenções políticas”, disse Temer.


Como campanha presidencial, antecipou que será utilizada a promessa de saída da crise. Outro projeto, que já está em andamento, é o reforço da autonomia dos municípios brasileiros.