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PSDB pode lançar ‘sangue novo” à Prefeitura da Capital

30 JAN 2016 • POR Veja • 07h00
PSDB reuniu suas principais lideranças para analisar o quadro político em Mato Grosso do Sul, principalmente em municípios considerados estratégicos. - Foto: Divulgação
As principais lideranças do PSDB se reuniram no começo da semana, na sede do diretório regional, em Campo Grande, para analisar o quadro político atual e discutir novas estratégias com vistas às eleições municipais de outubro, quando pretende conquistar o maior número de prefeituras e eleger vereadores na Capital e no interior de Mato Grosso de Sul.


Além do nome da vice-governadora Rose Modesto, o partido conta agora em seus quadros com o deputado estadual Beto Pereira, egresso do PDT, como forte opção à sucessão do prefeito Alcides Bernal (PP).


Comandado pelo governador Reinaldo Azambuja, principal expoente do partido no Estado, o encontro contou com a participação de membros do diretório regional, deputados, prefeitos e secretários de Estado. Beto Pereira não pôde participar devido a compromissos assumidos anteriormente.


Em princípio, a ideia seria emplacar o nome de Rose para o confronto iminente com adversários interessados no cargo a serem indicados eventualmente pelo PMDB do ex-governador André Puccinelli e pelo PT do deputado federal Zeca do PT, além do próprio Bernal, já em pré-campanha à reeleição.


Outro potencial concorrente dos tucanos seria o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB), que tenta uma reconciliação com os ex-correligionários na tentativa de voltar a governar a Prefeitura da Capital.


Apesar disso, o PSDB também não descarta apoio a Nelsinho Trad, que ajudou a eleger Reinaldo Azambuja governador no segundo turno das eleições de 2014, no confronto contra o senador Delcídio do Amaral (PT), atualmente preso da carceragem da Polícia Federal em Brasília, acusado de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Perfil


Embora no “ninho tucano” a tendência seja a indicação de Rose Modesto como candidata, até pelo fato de ela ter sido vereadora da Capital, há aqueles que apostam no potencial e no poder de articulação política de Beto Pereira.


Para analistas, além de jovem promissor, Beto Pereira dispõe de um currículo invejável, uma vez que, apesar da pouca idade, foi bem avaliado em cargos distintos na vida pública.


Filho do ex-senador Valter Pereira, o deputado foi prefeito por dois mandatos da cidade de Terenos, presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e vice-presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios).


A visão dos analistas é que o mais novo integrante da bancada do partido na Assembleia Legislativa, atualmente com cinco parlamentares, tem perfil e bagagem política suficientes para fazer frente a qualquer candidato, principalmente devido ao bom trânsito que dispõe em outros grupos políticos, bom discurso e forte poder de agregar apoios por meio de alianças.


Particularmente, Beto Pereira assegura que retornou ao partido como um saldado disposto a trabalhar como qualquer um militante. No entanto, o nome do deputado já é visto como mais uma carta na manga do governador Reinaldo Azambuja nas discussões em torno da sucessão municipal de outubro.


O nome de Beto Pereira, aliás, já tem sido alvo de pesquisas internas do diretório, a exemplo de outros tucanos de alta plumagem que estão sob avaliação partidária.