Policia

Médico encontrado morto denunciou coação em UPA

25 JAN 2016 • POR • 10h03
O corpo do médico tinha sinal de disparo de arma de fogo. - Foto: Divulgação
O médico encontrado morto dentro de um carro na última sexta-feira (22), próximo de uma fazenda em Sidrolândia, havia registrado boletim de ocorrência por preservação de direito. Ele informou que vinha sendo coagido no local de trabalho, uma unidade da UPA em Campo Grande.


Francis Giovani Celestino, 31 anos, era psiquiatra e residente. O corpo dele, segundo a polícia, tinha sinal de disparo de arma de fogo na cabeça. Não é descartado um suicídio.


Segundo o Correio do Estado, o delegado responsável pelas investigações, Edmilson José Holler, da 6ª Delegacia de Polícia Civil, disse que o médico denunciou estar sendo coagido a trabalhar nos horários de descanso e que outros colegas também estariam trabalhando sem ter direito a intervalos em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Capital. O médico estava se sentindo pressionado no trabalho e estava fazendo tratamento psiquiátrico com uma outra médica, que teria receitado remédios para ansiedade e estresse”, disse Holler.


O corpo tem sinal de tiro na cabeça. Ele foi encontrado por funcionários de uma mineradora que avistaram o veículo abandonado em meio a matagal.


Francis Giovanni era médico e instrutor de psiquiatria na Prefeitura Municipal Campo Grande e já trabalhou nos posto de saúde Jandaia, Cascatinha e São Bento e também fez plantão no Hospital de Sidrolândia.