Política

Câmara leva Marcelo Barros a julgamento hoje

21 MAR 2011 • POR • 00h05
Marcelo Barros é o último vereador afastado a ser julgado pela Câmara de Dourados - Foto: Arquivo/PROGRESSO
DOURADOS – O vereador afastado Marcelo Barros (DEM) vai a julgamento na tarde de hoje. Ele é alvo de Comissão Processante instalada pela Câmara de Vereadores, que pode cassá-lo por quebra de decoro parlamentar. As acusações são baseadas na Operação Uragano da Polícia Federal, desencadeada em setembro do ano passado.

Marcelo estava cotado para ser o primeiro vereador a ser julgado. A defesa conseguiu na justiça um mandato de segurança adiando o pleito, que foi marcado para às 14h de hoje. Barros é o último parlamentar a ser julgado. Até agora nenhum dos vereadores supostamente envolvidos no escândalo de corrupção arquitetado pelo ex-prefeito Ari Artuzi conseguiu escapar da cassação.

Quatro parlamentares foram cassados: Humberto Junior, Tio Júlio, Paulo Henrique Bambu e Marcelo Hall (Marcelão). Outros quatro pediram renúncia: Sidlei Alves, Zezinho da Farmácia, Aurélio Bonatto e José Carlos Cimatti. Marcelo Barros é o último dos indiciados na Operação Uragano a ser julgado.
#####IMPASSE
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga Marcelo Barros é a mais contraditória entre todas as que julgaram os parlamentares acusados de receber mensalinho para não fazer críticas contra o então prefeito Ari Artuzi. O vereador que vai hoje a julgamento foi filmado pelo delator, Eleandro Passaia, combinando o recebimento do dinheiro.

À imprensa, Barros denunciou duplo relatório de cassação, um que o apontava como inocente, assinado pelo advogado Naudir de Brito, contratado pela Câmara, e outro que o culpava, acusado de fazer parte do esquema de Ari Artuzi.

O segundo relatório, segundo afirma Marcelo Barros, teria sido encomendado pelo suplente Pedro Pepa. Conforme Barros, Pepa teria contratado o advogado Noemir Felipetto para fazer nova análise dos fatos apresentados pela Operação Uragano.

Recentemente ao O PROGRESSO, Pedro Pepa negou qualquer tipo de interferência no relatório final da Comissão Proces-sante. Ele disse que a Câmara confeccionou dois relatórios. O primeiro, absolvendo Marcelo Barros das acusações de quebra de decoro e o segundo pedindo a condenação dele.