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Lideranças do PT de MS tentam reverter situação de Dilma

14 DEZ 2015 • POR • 07h00
O comando do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu recentemente em Campo Grande, na tentativa de encontrar uma saída para a situação delicada que enfrenta a presidente Dilma Rousseff, ameaçada de processo de impeachment na Câmara dos Deputados.


Eles avaliam que o PT é vítima de um golpe da elite do país, que tenta tirá-lo do poder por meio de manobras orquestradas pela oposição. 


A ideia das lideranças petistas é preparar uma mobilização para a próxima quarta-feira (16) em defesa da correligionária e, ao mesmo tempo, pedir a cabeça do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está sendo ameaçado de ser cassado por falta de decoro parlamentar.


Cunha mentiu não possuir reservas financeiras em bancos da Suíça, o que foi comprovado depois pelas autoridades internacionais.


Apesar disso, o deputado negou as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. Admitiu que acumulou um patrimônio no exterior nunca declarado ao Banco Central e à Receita Federal, mas alegou que tudo foi fruto de transações lícitas de comércio internacional e aplicações em bolsas de valores estrangeiras, antes de iniciar a carreira política.


“Reunião ampliada do diretório estadual do ‪#‎PT, preparando mobilização da nossa militância para o dia 16. Contra o golpe da elite e em defesa da democracia, ‪#‎ForaCunha! Queremos também a conclusão da operação ‪#‎LamaAsfáltica”, diz poste do deputado federal Zeca do PT em sua página no Facebook.


Mobilização favorável ao afastamento da presidente também está sendo organizada em todo país por meio das redes sociais.

Rito


O STF (Supremo Tribunal Federal) poderá redefinir, na sessão da próxima quarta-feira (16), boa parte do rito do impeachment previsto em uma lei de 1950 – que contém regras sobre o trâmite – e nos regimentos internos da Câmara e do Senado, que detalham procedimentos para receber a denúncia, analisar as acusações, abrir o processo, afastar e depor um presidente da República.


Na ação que visa barrar o processo contra a presidente Dilma, o PC do B questiona não só atos já realizados no caso – como o acolhimento do pedido pelo presidente Eduardo Cunha, passo inicial do impeachment – como também outros que ainda estão por vir, inclusive no Senado, que irá julgar se houve ou não crime de responsabilidade.


Na última quarta (9), após suspender o processo, o relator da ação, ministro Edson Fachin, afirmou que, em seu voto, irá propor um rito “por inteiro” para o andamento do caso.


Na ação, o PC do B argumenta que várias regras da lei de 1950 devem se adaptar à Constituição de 1988. Além disso, defende que as regras dos regimentos da Câmara e Senado devam ser derrubadas, argumentando que o rito só pode ser definido por lei específica.


No julgamento, antes dos votos dos ministros, poderão se manifestar, além do PC do B, a Câmara, o Senado, a Procuradoria Geral da República, a Presidência; e também o PT, o PSDB e DEM, admitidos para opinar no caso. (Com G1).