Policia

Delegada faz suspense no caso professor

20 MAR 2011 • POR • 20h36
Foto: div.
Flávio Verão

DOURADOS – A Delegada titular da Delegacia da Mulher em Dourados, Francieli Candoti, disse que irá se calar sobre o caso do professor de geografia acusado pela própria ex-mulher de fotografar alunas em escolas da cidade. Ela disse que está cansada de responder a indagações feitas por jornalistas, se irá ou não pedir a prisão do acusado. “Eu não tenho que falar sobre esse caso, nem tenho que ficar dando declarações para a imprensa que fica especulando”, disse à reportagem.

Francieli Candoti faz mistério sobre o caso. Até ontem ela não havia feito o pedido de prisão. O professor de geografia já foi ouvido e está em liberdade. “Eu posso fazer o pedido hoje, amanhã ou talvez nem possa fazer. Não vou ficar dando declarações”, argumentou. A delegada estaria irritada devido ao fato que muitos pais de alunos, segundo ela, estarem pedindo justiça sobre o caso.

Segundo o advogado de defesa do professor, Maurício Rasslan, não há indícios que comprovem crime de pedofilia. Ele não teve acesso às fotos entregues pela ex-mulher do acusado à polícia, que supostamente incrimina o professor de ter filmado e fotografado alunas nuas no vestiário. “No notebook entregue não havia nada. Já o pen-drive continha foto de uma suposta aluna que não estaria nua”, argumentou.

Rasslan disse que seu cliente está abalado com as proporções da notícia que veio à tona na semana passada. O professor lecionava em três escolas de Dourados, sendo duas privadas e uma pública.

Para suprir as necessidades pessoais do cliente, o advogado sugeriu que ele fosse à casa de seus familiares, em Ribeirão Preto (SP). Após a ex-mulher efetuar a denúncia, o acusado não teve mais acesso a sua residência. Ficou sem roupas e dinheiro, indo pedir abrigo aos parentes. O professor deve voltar a Dourados ainda hoje, conforme o advogado Maurício Rasslan.