Bebês e Crianças

“Música Indígena no Palco” acontece em Dourados

3 DEZ 2015 • POR • 09h56
“Música Indígena no Palco”, traz repertório formado por músicas aprendidas com os Guarani e Kaiowa. - Foto: Divulgação
O projeto “Música Indígena no Palco” será realizado a partir de amanhã e segue até domingo em Dourados. O evento reúne um grupo de jovens vocalistas e instrumentistas da cidade de Dourados, Amambai e Campo Grande.


Os concertos ocorrem dias 4, 5 e 6 de dezembro. Na sexta-feira, a partir das 8h, o local é a Escola Indígena de Panambi; sábado, às 19h, na Caixa Preta das Artes Cênicas no campus da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); domingo, às 19h, no anfiteatro do antigo Ceud, hoje reitoria da UFGD. O repertório é formado por músicas aprendidas com os indígenas guarani e kaiowa. Somam-se a elas canções dos Shipibo, Huni Kuin e Kraô. O ingresso será 1kg de alimento não perecível para ser doado às aldeias e comunidades indígenas da região.


O projeto “Música Indígena no Palco” é resultado do projeto de extensão “Cantos e Danças” realizado no período de 2012 a 2014 em comunidades guarani e kaiowa de Dourados e Douradina, custeado pelo Mistério da Cultura, através da UFGD, e que culminou com a gravação do CD “Ñemongo’ie” e a promoção de uma Mostra Cultural na instituição. O projeto tem direção musical de Magda Pucci, diretora do grupo Mawaca de São Paulo e coordenação das professoras Graciela Chamorro e Cristina Ávila, com o apoio do grupo Mandi’o.


A organização do evento ressalta que é preciso compreender melhor as músicas nativas da região da Grande Dourados, no qual está concentrada a segunda maior população de índios do Brasil. O projeto “Música Indígena no Palco” foi contemplado pelo Fundo Municipal de Investimentos à Produção Artística e Cultural (FIP) 2015 da Secretaria de Cultura de Dourados. Com o edital, foram desenvolvidos seminários introdutórios à Etnomusicologia e à música indígena local sob a orientação de Magda Dourado Pucci, do Coletivo Mawaca, de São Paulo, e de Graciela Chamorro, da UFGD. Outras atividades foram as oficinas de ensaio e formação de repertório, sob a direção de Magda Pucci, autora dos arranjos, com a participação de indígenas de Dourados.