Meio ambiente

Ibama registra nove toneladas de peixes mortos

27 NOV 2015 • POR • 09h33
Técnicos do Ibama estão percorrendo trechos do rio Doce. - Foto: Divulgação
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), retirou nove toneladas de peixes mortos do leito do rio Doce, em Minas Gerais e no Espírito Santo, em decorrência da lama que vazou após rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).

Segundo o órgão, no trecho do rio situado em Minas, foram recolhidas seis toneladas. Já na porção localizada no Espírito Santo, outras três toneladas foram retiradas sem vida das águas lamacentas do rio Doce.
O Ibama já aplicou uma multa de R$ 250 milhões à mineradora Samarco, responsável pela estrutura que se rompeu. O valor foi dividido em cinco autos de infração, cada um de R$ 50 milhões.

Uma equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), localizado na cidade paulista de Pirassununga, está percorrendo o leito do rio Doce, desde o dia 15 de novembro para tentar recolher matrizes de espécies de peixes ameaçadas de extinção.

A intenção dos especialistas é constituir uma “poupança genética” da biodiversidade de peixes e iniciar um processo de reprodução em cativeiro para viabilizar o repovoamento de trechos do rio, informou o Ibama.
De acordo com Antônio Fernando Bruni Lucas, coordenador-substituto do Cepta, são sete especialistas atuando nesse trabalho. “A ideia é capturar peixes nativos e endêmicos da região e fazer o transporte deles de lá para a formação de um banco genético, Pode ser que as espécies capturadas fiquem em algum local adequado lá na região, ou venham aqui para o CEPTA, em Pirassununga.”

Segundo o coordenador, a equipe de campo está tendo o auxílio de pescadores das comunidades ribeirinhas situadas ao longo do rio.