Cidades

Núcleo leva “Estado de Direito e questões indígenas” à aldeia

19 NOV 2015 • POR • 09h07
Na Missão Caiuá a coordenadora do Núcleo Kelei Zeni, a executora do projeto Fabiana, a professora Cilene com alguns acadêmicos. O projeto foi desenvolvido pelo curso de direito. - Foto: César Cordeiro
Um projeto desenvolvido pelo curso de direito da Unigran, em parceria com o curso de Serviço Social, envolvendo alunos de ambos os cursos, foi desenvolvido este ano com o tema “O Estado de Direito e a questão indígena”. Os professores executores do projeto são: Kelei Zeni, Fabiana Corrêa Garcia Pereira de Oliveira, Rafael Couto e Lineu Borges. No contexto do projeto, estão questões indígenas diante do ordenamento jurídico.

As aulas práticas do projeto que visam conhecer In loco as realidades e as necessidades da comunidade indígena de Dourados, aconteceram em duas etapas, sendo uma delas na Aldeia Bororó e a última ocorrida no dia 07 de novembro, na Aldeia Jaguapiru com o roteiro iniciando na tribo guarani caiuá do cacique Jorge, que recebeu os alunos e professores em sua Casa de Reza, apresentou suas danças, crenças e rituais e deu diversos esclarecimentos sobre a cultura indígena, junto com sua esposa dona Floriza e seus filhos chamados de ñanderu. Além de preservar fortemente a própria cultura os guarani caiuá os índios são defensores da natureza e trabalham seus artesanatos inspirados na vida dos pássaros, na existência das árvores e dos rios.

A segunda visita, guiada pelo indígena terena “Lima” aconteceu na Missão Caiuá, onde além de conhecer o hospital e maternidade e se deparar com dois índios da etnia xavante que estão passando uma temporada na missão, os acadêmicos e professores também conheceram uma mata nativa preservada pela missão. Na mata existem inúmeros remédios medicinais que podem ser extraídos das arvores respeitando cada conhe-cimento dos nativos e suas formas de se relacionar com a mata. As explicações sobre a importância das plantas na cura de muitos males, inclusive a obesidade foram dadas pela indígena Araci que desde criança vive na Missão Caiuá.

Integraram essa visita a coordenadora do Núcleo de Prática e Assistência Jurídica Kelei Zeni, a executora do projeto, Fabiana Corrêa e a professora, Cilene Muchon, além dos seguintes acadêmicos do curso de direito: Aline Ortega, Wilhan Quequeto, Renan Ferreira Borba, Luciana Miranda e Emanuelle Chaves.

Além de Alexandra Tatiane da Silva (coordenadora – Serviço Social) e as acadêmicas: Hilda Moreno, Eliane Oliveira Santos e Natália Negrão.

Campanha natal

O projeto teve início em fevereiro deste ano e o encerramento está previsto para 23 de dezembro, quando também se encerra uma campanha de doação de brinquedos e balas para o natal das comunidades visitadas durante o pré-encerramento.

A campanha de arrecadação dos donativos já foi iniciada pelo curso e envolve não somente os alunos como também a sociedade que pode estar doando os brinquedos (pode se brinquedo usado) ou as balas até o Núcleo de Prática e Assistência Jurídica da Unigran que fica a rua Antônio Emílio de Figueiredo 1755, esquina com a Presidente Vargas – próximo ao Fórum.

O projeto “O Estado de Direito e a questão Indígena”, visa estimular os alunos para a prática da cidadania por meio de transmissão de informações jurídicas e sua execução atendendo tanto o aprendizado com as informações do campo jurídico como a prática da ação voluntária. Também visa contribuir e proporcionar um aprofundamento dos conhecimentos dos acadêmicos no mundo jurídico e fático da questão indígena.

O projeto teve como metodologia: palestras, debates e discussões e produção de trabalhos acadêmicos. No dia 17 de setembro deste aconteceu a palestra e mesa-redonda sobre os direitos da população infanto juvenil indígena com a participação do EJUD - Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O curso de direito da Unigran tem como diretor, o professor Renato de Aguiar Lima Pereira e coordenador o professor Joe Graeff Filho.