Policia

Réu que tentou matar PRF’s é condenado

14 NOV 2015 • POR • 07h00
Um dos policiais é ouvido como testemunha no tribunal. - Foto: Divulgação
Laudelino Ferreira Viera, de 43 anos, foi condenado pelo conselho de sentença do júri ocorrido na quinta-feira. O traficante evadiu de uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e disparou, segundo provas dos autos, mais de 10 tiros contra a equipe PRF. Mesmo com a troca de tiros, os policias conseguiram capturar o traficante que estava com 6 quilos de cocaína.

Laudelino estava na companhia do comparsa Lauro Moreira dos Santos. Os dois ocupavam uma moto Tornado, furaram bloqueio policial, trocaram tiros com agentes e foram baleados e capturados. Os policiais acionaram o socorro e providenciaram o resgate dos traficantes.

Uma das teses da defesa é que o traficante teria reagido imediatamente com tiros por temer ser morto pelos policiais. O Ministério Público Federal durante a fala da acusação, ressaltou que o último caso de morte efetuada por PRF’s em Mato Grosso do Sul ocorreu em 2006, ou seja, mesmo estando em uma fronteira muito problemática, a PRF já está há quase 10 anos sem causar a morte em troca de tiros. Foi mencionado também 2 prêmios que a PRF já ganhou da Secretaria Nacional de Direitos Humanos como polícia que mais respeita os Direitos Humanos.

O júri condenou o réu em todos os crimes: tentativa de homicídio, drogas, associação para o tráfico, arma, uso de documento falso (RG e CNH), tendo como penal final 22 anos de prisão.

Laudelino já possuía também extensa folha criminal ele já foi condenado por liderar quadrilha e roubo de veículos, além de ser chefe do bando que roubou três aeronaves de uma empresa de táxi aéreo na cidade de Corumbá, em janeiro de 2004. Na ocasião, piloto e empresário Luiz Fernandes de Carvalho foi assassinado pela mesma quadrilha. Bando liderado por Laudelino é apontado como responsável pelo roubo de 36 veículos entre 2005 e 2006, no Brasil, além de outros 31 roubos de carros em cidades da Bolívia. PRF’s estiveram no plenário para acompanhar o júri.