Policia

Presos em operação ganham liberdade

12 NOV 2015 • POR • 09h38
Edson Giroto foi solto na madrugada de ontem mediante habeas corpus deferido pelo TJMS. - Foto: Arquivo
O ex-deputado federal Edson Giroto (PR) e a ex-presidente da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), Maria Wilma Casanova Rosa, presos na manhã de terça-feira, pela Polícia Judiciária (Civil), em cumprimento a mandados de prisão solicitados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), juntamente com outras sete pessoas acusadas de desvio de recursos públicos na execução de obras em uma rodovia na região do Pantanal, no município de Corumbá, foram liberados mediante habeas corpus na madrugada de ontem.

Os demais detidos, entre os quais o empresário João Krampe Amorim dos Santos, proprietário da empreiteira Proteco, continuavam cumprindo a determinação judicial de prisões temporárias, com validade de cinco dias e pelo menos quatro dos detidos já prestaram depoimentos à força tarefa do MPMS criada para apurar crimes contra o patrimônio do Estado.

De acordo com as informações, prestaram depoimentos ainda na terça-feira à tarde, os engenheiros civis Átila Garcia Tiago de Souza e Maxwell Thomé Gomez e, na tarde de ontem, a sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral e o diretor da empresa, Rômulo Tadeu Menossi. Elza Cristina, por estar grávida de seis meses, está cumprindo o mandado em regime domiciliar.

O empresário João Amorim e os demais detidos, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, até ontem à tarde, ainda não haviam prestado depoimento na Procuradoria de Justiça do Estado.

As prisões dos ex-deputados, empresários e servidores públicos foi decretada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, para impedir que, na fase de depoimentos no MPMS, os acusados tivessem oportunidades de trocarem informações entre si e combinarem respostas no inquérito instaurado para apurar desvios de R$ 2,9 milhões por obras não realizadas, ou feitas em partes, na rodovia MS-228, conhecida como Estrada Parque, na região pantaneira, numa extensão de 42 quilômetros.

Defesa

Ontem, o advogado de defesa de João Amorim e da sócia, Elza Cristina Amaral, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, acompanhou a cliente na Procuradoria Geral de Justiça do Estado e afirmou que o empresário está inconformado com a prisão, uma vez que, desde quando foi preso na Operação Coffee Break, quando permaneceu detido por cerca de 36 horas, tem se colocado à disposição da Justiça e que a detenção seria desnecessária. Ele confirmou que também impetrou habeas corpus em favor de seus clientes, porém, até ontem à tarde não haviam sido apreciados pelo Tribunal de Justiça.